Portal de Eventos da ULBRA., XVIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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COMPARAÇÃO DO USO DE CORANTES EM UMA TÉCNICA DE MONTAGEM PARA MONOGENÉTICOS (PLATYHELMINTHES: MONOGENEA) DE PEIXES
Viviane Teresinha Viana Machado, Tiago Silva Sarmento, Moisés Gallas, Eliane Fraga da Silveira

Última alteração: 24-08-2018

Resumo


Os monogenéticos são encontrados, principalmente, como ectoparasitos de peixes, mas existem registros de espécies parasitando anfíbios, répteis e até hipopótamo. Na literatura, existem diferentes protocolos com técnicas de processamento para monogenéticos. Quando considerada a morfologia, a maior dificuldade é a montagem permanente de espécimes em lâminas. Esse processo normalmente necessita de um corante para evidenciar as estruturas morfológicas e, um processo de diafanização para a posterior montagem. No processo de diafanização, a substância normalmente utilizada (creosoto de Faia, xileno e outros) é tóxica e requer cuidados na manipulação. A partir disso, as montagens temporárias são uma alternativa ao estudo da morfologia de monogenéticos, contudo na maioria delas, os espécimes são clarificados e somente as estruturas esclerotizadas podem ser estudadas. A ação de diferentes corantes com um meio de montagem temporária foi comparada utilizando espécimes de Microcotyle pomatomi (Monogenea: Microcotylidae), parasita de anchovas no RS. Para isso, foram utilizados os seguintes corantes: tricrômico de Gomori, hematoxilina de Delafield, carmim de Semichon, verde rápido (fast green) e eosina. O meio de montagem escolhido foi o meio de montagem de Faure, que possui composição similar ao meio de Hoyer, muito utilizado na montagem de monogenéticos. Os espécimes foram hidratados por um minuto em água destilada e, após permaneceram cerca de dois a três minutos em cada corante para montagem com uma gota do meio de montagem de Faure. A comparação da eficácia de cada corante foi realizada uma semana após a montagem das lâminas, onde foram registradas as estruturas possíveis de visualização, além da realização de fotomicrografias. Os espécimes corados com tricrômico de Gomori e carmim de Semichon apresentaram os melhores resultados, permitindo a visualização de caracteres como: glândulas cefálicas, órgãos bucais, cecos intestinais, testículos, ovário e outros. A hematoxilina de Delafield também foi um corante eficiente, porém algumas estruturas internas não ficaram muito evidentes. Os corantes verde rápido e eosina apresentam resultados não muito satisfatórios pela ausência de definição das estruturas internas. A cromofilia dos tecidos pode ser influenciada pelo tipo de corante, pelas substâncias utilizadas para a montagem, estado de conservação e deterioração dos espécimes, dentre outros. Os resultados obtidos com os corantes utilizados podem ser alterados por alguma das características acima, bem como, com o grupo de monogenéticos estudado. Os monogenéticos processados pela técnica de montagem descrita, neste estudo, podem ser examinados sem a necessidade da manipulação de substâncias tóxicas, utilizando um meio de montagem que anteriormente somente permitia a visualização de estruturas esclerotizadas.

Palavras-chave


coloração; morfologia; helmintos; parasitos

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