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OLIGODENDROGLIOMA EM CÃO – RELATO DE CASO
Wendel Dietze, Gabriela Floor, Leticia Sebastiany, Melanie Piper, Leandro Fadel, Beatriz Kosachenco

Última alteração: 31-08-2018

Resumo


Introdução

Os oligodendrogliomas são neoplasias de origem neuroectodermal que apresentam como unidade precursora os oligodendrócitos, mas vários desses tumores podem conter uma população de células mistas (Oakley; Patterson, 2007).

Objetivos

Descrever um caso de neoplasia cerebral em cão e a importância do diagnóstico definitivo.

Relato de caso

Foi atendido um cão macho, yorkshire, 10 anos, com incoordenação motora, agressividade e convulsões esporádicas. No exame físico o animal apresentava-se agressivo, com andar cambaleante e circular para direita. O hemograma, bioquímicos séricos e ultrassom abdominal (US) não apresentaram alterações significativas. Na avaliação neurológica os nervos cranianos constatou-se assimetria. Os reflexos de ameaça, pupilar, foto motor, oculocefálico e palpebral, todos diminuídos do lado direito. Além disso, andar circular para direita e ceratoconjuntivite seca no olho direito. Baseado nestes sinais e na idade o diagnóstico foi sugestivo de neoplasia cerebral que foi confirmada com posterior tomografia computadorizada (TC). O canino foi a óbito no quinto dia de internação. Na necropsia a neoplasia foi classificada como oligodendroglioma.

Resultados e Conclusões finais

Os cães apresentam sinais inespecíficos e progressivos, alterações comportamentais sutis no temperamento que progridem ao longo de meses, até a disfunção neurológica evidente (Horta et. al., 2013). Crises convulsivas são manifestações comuns em cães com neoplasias intracranianas, ocorrendo em 63% dos casos (Schwartz et. al., 2011). Animais com oligodendrogliomas apresentam 3,6% mais convulsões quando comparado a outros tipos de neoplasias, provavelmente relacionado a localização no telencéfalo em cerca de 80% dos animais afetado. Este tipo tem maior frequência em cães entre sete a oito anos de idade e em raças de grande porte (Song, 2013). O tratamento clínico tem por objetivo a redução das manifestações clínicas, e os fármacos mais utilizados incluem glicocorticóides e anticonvulsivantes. Os glicocorticóides tem a característica de reduzir a produção de líquido cérebro-espinhal a partir do plexo coroide (Oakley; Patterson, 2007), além de reduzir permeabilidade vascular, portanto são utilizados para redução ou controle da PIC e do edema peritumoral. Por sua vez, os anticonvulsivantes tem a finalidade de diminuir a atividade convulsiva nesses pacientes (Bagley, 1999). A TC e ressonância magnética são os exames de imagem mais utilizados para diagnóstico presuntivo, porém para diagnóstico definitivo é indispensável o exame histopatológico (Oakley; Patterson, 2007). No histopatológico as células neoplásicas são arredondadas, citoplasma claro, limites bem definidos, núcleos arredondados e com cromatina mais densa quando comparados com os oligodendrócitos normais. Observou-se a importância dos exames complementares juntamente com a avaliação clínica para descoberta do diagnóstico e confirmado com o exame histopatológico.


Palavras-chave


Oligodendroglioma; Neoplasia intracraniana; Cão

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