Portal de Eventos da ULBRA., XVIII FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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PENECTOMIA E URETROSTOMIA ESCROTAL EM CANINO
Amanda Goettems, Bruna Martin, Paula Richter, Suéllen Demolier, Virgínia Lunardi

Última alteração: 08-09-2018

Resumo


A parafimose é definida como a condição em que o pênis é impedido de retornar à cavidade prepucial, sendo as causas mais comuns de origem adquirida, como copulação recente, trauma, neoplasia, corpos estranhos, déficits neurológicos e constrição do pênis por pêlos do prepúcio. O diagnóstico se dá pela anamnese, inspeção visual e palpação do pênis e prepúcio. A terapêutica consiste em promover o retorno do pênis para o interior do prepúcio, entretanto, na impossibilidade deste, indica-se a remoção do pênis. Ao realizar a técnica de penectomia, faz-se necessário a criação de um novo orifício uretral, definido como uretrostomia. Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de caso de penectomia e uretrostomia escrotal em um canino. Foi atendido no Hospital Veterinário da ULBRA, um cão, sem raça definida, macho, com a queixa de parafimose persistente. Ao exame clínico geral não evidenciaram-se alterações, ao exame clínico específico o animal apresentava exposição da região da glande de forma permanente, com dor intensa no local, havendo ressecamento da mucosa e fissuras na mesma. Como a viabilidade peniana e uretral encontravam-se preservadas optou-se inicialmente pelo procedimento de plastia de prepúcio, não ocorrendo o sucesso, foi então realizada a penectomia e uretrostomia escrotal. A abordagem cirúrgica iniciou pela incisão de pele elíptica em torno do pênis, prepúcio e bolsa escrotal seguida da divulsão do tecido subcutâneo nesta região, permitindo a localização da uretra através da palpação da sonda. Após rebater o músculo retrator do pênis, a incisão da uretra foi realizada, posteriormente realizou-se divulsão na região cranial para liberação do pênis e prepúcio, aplicação de ligaduras duplas dos vasos dos mesmos e secção entre as ligaduras, então o corpo do pênis foi rebatido até a porção caudal ao osso peniano. A amputação do pênis se deu através de secção transversal no corpo do mesmo. Realizada sutura em padrão contínuo simples na extremidade do coto peniano, envolvendo a túnica albugínea, seguida da redução de espaço morto e aproximação de tecido subcutâneo. Após, deu-se continuidade à uretrostomia, primeiramente aproximando os bordos da uretra aos bordos cutâneos através de sutura isolada simples e, na sequência, fixando a mucosa uretral à pele em padrão isolado simples na região escrotal. A dermorrafia foi realizada cranialmente e caudalmente à região da uretrostomia. Os cuidados pós-operatórios instituídos foram controle da dor, repouso (para evitar hemorragias) e limpeza da ferida cirúrgica. A adaptação do animal foi positiva, não apresentando complicações com relação ao procedimento, permitindo afirmar que a penectomia com uretrostomia escrotal foi o melhor recurso terapêutico para as lesões, obtendo-se sucesso no tratamento realizado.

Palavras-chave


Parafimose=pt; Penectomia=pt; Uretrostomia=pt; escrotal=pt; Cão=pt.

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