Portal de Eventos da ULBRA., VII Mostra Científica Interdisciplinar de Pesquisa e Extensão

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Avaliação do potencial adsorvedor dos metais de transição (Cu+2 e Cd+2) por meio da escama de peixe no meio aquoso
Kátia Teixeira Castro

Última alteração: 03-10-2016

Resumo


RESUMO: Atualmente, a poluição das águas constitui um dos mais graves problemas ambientais, sendo que as principais fontes desta poluição decorrem de atividades antrópicas, como resíduos domésticos, agrícolas e industriais. O lixiviado oriundo destes processos pode ser apontado como um dos principais responsáveis pela contaminação dos ambientes aquáticos por metais. Nos últimos anos a pesquisa por materiais adsorventes de baixo custo com capacidade de remoção de metais tem se intensificado. Na classe de materiais adsorventes de baixo custo destacam-se as argilas, lodo industrial, carvão natural, resíduo de café, cascas de frutas, zeólitas naturais e sintéticas, polissacarídeos como a celulose e a quitosana etc. Nas atividades pesqueiras as escamas dos peixes geralmente são descartadas no lixo, salvo quando são coletadas para o artesanato em algumas pequenas comunidades, revelando-se um material de baixo custo e abundante, até então  pouco  explorado pela comunidade  científica, podendo ser aplicado como adsorvente de metais de transição e outros poluentes. Estudos de caracterização e morfologia de escamas elasmóides de peixes ósseos  indicam que  as escamas consistem de duas regiões: uma fase inorgânica, composta principalmente por apatita, e uma fase orgânica, composta principalmente por colágeno. Deste modo, pretende-se encontrar uma aplicabilidade para as escamas de peixes, como adsorvedor de metais de transição no meio aquoso. As escamas de peixe serão obtidas nos mercados e feiras de peixes comercializados em Manaus, onde serão lavadas com água destilada e com solução de hipoclorito 2%, e lavadas novamente para deixa-las de molho em uma solução de hidróxido de sódio (pH 9,0) durante 4 horas. Depois imersas em um banho ultrasônico contendo água destilada durante uma hora à temperatura ambiente, no Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular-LEEM/INPA, lavadas novamente com água destilada. Em seguida, serão colocadas para secar em estufa, na temperatura de 60 ºC por 6 horas, e armazenadas em dessecador. As escamas serão trituradas em um liquidificador industrial, espera-se obter uma mistura na forma de pó e de fibras, o material resultante será peneirado, conforme metodologia descrita por Santos (2008). Aproximadamente 100 mg de escama triturada será adicionada em 22 tubos de ensaio em duplicata, com concentração inicial de Cu(NO3)2 e Cd(NO3)2 com 100 µMolar/mL, e em seguida as demais concentrações com 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90 µMolar/mL, sendo 11 tubos para cada composto, tendo um tubo em duplicata somente com água destilada e 100 mg de escama de peixe. Vai ser retirada do sistema uma alíquota da solução, com contaminante e sem contaminante, para análise quantitativa. Os tubos serão levados para o agitador TECNAL®, um período de 30 horas. Após este tempo, as amostras serão filtradas e analisadas por meio dos equipamentos, espectrofotômetro de absorção atômica da marca Perkin Elmer modelo Analyst 800, para quantificação das concentrações de cobre e cádmio, e o espectrofotômetro modelo Plus 384 Microplate Reader, da marca SpectraMax®, para identificar as concentrações de equilíbrio por absorbância do cobre e cádmio. As análises estatísticas serão realizadas por meio de análise de variância (ANOVA) para o modelo de Langmuir.