Atualmente o tema sustentabilidade vem se destacando na sociedade, principalmente no setor da construção civil, considerado como o maior consumidor de recursos naturais. Nesta perspectiva, é essencial que seja considerada todo o ciclo de vida da edificação, desde a concepção, até o final de sua vida útil, pensando a edificação de forma adequada aos importantes desafios econômicos, sociais e ambientais ligados aos empreendimentos. As certificações ambientais aplicadas a construção civil, também são ferramentas utilizadas para medir o desempenho ambiental das edificações, e neste contexto, a certificação de maior destaque no ramo é a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). As estruturas metálicas, que são feitas de aço, são normalmente identificadas como um material sustentável, devido essencialmente ao seu potencial de reciclagem. No entanto, não são só os benefícios ambientais do aço que contribuem para os objetivos da construção sustentável, outras características das estruturas metálicas podem ser facilmente combinadas aos requisitos da sustentabilidade. Considerando o exposto, o presente estudo tem como foco principal a discussão acerca da utilização das estruturas metálicas no âmbito da sustentabilidade, visando fornecer um instrumento de apoio aos projetistas e construtores no processo da tomada de decisão dos sistemas construtivos e para conhecimento dos processos de certificação ambiental e de Avaliação de Ciclo de Vida – ACV dos materiais de construção. A metodologia adotada envolveu a pesquisa acerca dos requisitos de sustentabilidade da certificação LEED, uma certificação ambiental voltada ao ramo da construção civil, e também na utilização do software BEES, um software americano que avalia o desempenho ambiental de materiais de construção por meio da ACV. Os resultados da pesquisa até o momento apontam como benefícios associados ao uso das estruturas metálicas o fato de possibilitar uma obra rápida e limpa, menor tempo em canteiro de obras; a possibilidade de reciclagem, uma vez que pode voltar para reprocessamento em usina, não perdendo sua qualidade; os índices reduzidos de utilização de água e madeira quando comparadas a estruturas convencionais como o concreto, por exemplo; e, por fim, a diminuição de perdas, por ser uma estrutura industrializada.