Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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FUNCIONALIDADE PÓS ALTA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CANOAS
Aloma Franco Fogassi

Última alteração: 17-09-2017

Resumo


Os pacientes submetidos a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão sujeitos à longos períodos imobilizados, o que está associado diretamente com a diminuição de força e resistência muscular, que começam a ocorrer após 1 semana de repouso, segundo o estudo de 2014 de Perme et al. A funcionalidade do paciente, consequentemente, acaba sendo também afetada por estes fatores. O objetivo deste estudo foi avaliar a funcionalidade dos pacientes internados na UTI após a alta da unidade e comparar com o momento da alta hospitalar. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo onde foram incluídos pacientes críticos internados na UTI do Hospital Universitário de Canoas, entre março e julho de 2017. Foram elegíveis pacientes de ambos os sexos, acima de 18 anos, internados na UTI adulto por mais de 24 horas. A Escala Perme de Mobilidade foi escolhida por abranger além da mobilidade funcional no leito, a marcha do paciente. Foram realizadas duas avaliações, nos seguintes momentos: até 48 horas após a alta para unidade de internação, e no dia da alta hospitalar. Na primeira avaliação foram coletados os dados pessoais como nome, idade, sexo, data e motivo da internação através do prontuário eletrônico. Foram incluídos 32 pacientes, com idade mediana de 60,5 (21-94) anos, mediana de 5,2 (1-18) dias de internação na UTI e de 17,7 (2-58) dias de internação hospitalar. Os resultados preliminares foram analisados através do teste estatístico Wilcoxon (nível de significância p<0,05), sendo obtidos os seguintes valores: na primeira avaliação a pontuação mediana foi de 21,4 (2-32) pontos e, na segunda avaliação, 26,4 (3-32) pontos (p=0,019). Conforme os resultados iniciais apresentados, a saída da UTI para a unidade de internação no Hospital Universitário de Canoas resultou em uma melhora da mobilidade funcional e marcha do paciente acompanhados. Desta forma, a alta da UTI deve ser buscada o mais breve possível, evitando uma maior incidência de comorbidades associada ao déficit na mobilidade funcional.

 

Descritores: unidade de terapia intensiva, mobilidade funcional, mobilização precoce.

 

CURZEL, J. et al. Avaliação da independência funcional após alta da unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva, v. 25, n. 2, p. 93-98, 2013.

 

DIETRICH, C. et al. Funcionalidade e qualidade de vida de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. ASSOBRAFIR Ciênc, v.5, n.1, p.41-51, Abr. 2014.

 

LEDITSCHKE, A. et al. What are the barriers to mobilizing intensive care patients? Cardiopulmonary Physical Therapy Journal, v. 23, n. 1, p. 26, 2012.

 

PERME, C. et al. A tool to assess mobility status in critically ill patients: the Perme Intensive Care Unit Mobility Score. Methodist DeBakey Cardiovascular Journal, v. 10, n. 1, p. 41, 2014.

 

 


Palavras-chave


UTI; mobilidade funcional; mobilização precoce

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