Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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OCORRÊNCIA DE Balantidium coli EM SUÍNOS DE UMA GRANJA DE CICLO COMPLETO EM DIFERENTES FASES DE PRODUÇÃO
Olinto Douglas Bialoso, Simone Stefani Miranda Cruz, Melanie Piper, Ana Paula Sartor Miyamoto, Celso Pianta

Última alteração: 11-09-2017

Resumo


Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil é o quarto maior produtor e exportador mundial de carne suína, sendo a Região Sul detentora de 60 a 70% da produção tecnificada de suínos e aves. São gerados aproximadamente 450,5 milhões de toneladas de dejetos ao ano; dejetos que muitas vezes são utilizados como insumos agrícolas. Com o aumento da produção suína, a sanidade animal e o controle parasitário se tornam um desafio constante, já que as doenças relacionadas podem acarretar grandes perdas econômicas. Entre as doenças parasitárias, destacam-se as parasitoses intestinais zoonóticas, como o Balantidium coli. O B. coli é um protozoário pertencente à Família Balantidiidae, que se localiza no intestino grosso de suínos, de humanos e raramente de caninos e de felinos. O parasito apresenta duas formas, os trofozoítos ciliados e os cistos. A infecção natural ocorre pela ingestão de cistos infectantes junto com alimentos ou água contaminada. Na maioria das vezes, a infecção é assintomática, porém em humanos pode determinar um quadro de disenteria grave. Este trabalho tem como objetivo verificar a presença de cistos de B. coli em fezes de suínos oriundos da região de Serafina Correa, RS, para um melhor entendimento de sua ocorrência e de sua importância em saúde pública. O presente projeto de pesquisa divide-se em 5 coletas de amostras fecais de um grupo de 11 matrizes e 60 leitões com intervalo médio de 30 dias em uma granja de ciclo completo com uma média de 2.000 animais, na localidade de Serafina Correa. As coletas serão finalizadas, com a colheita de segmentos de jejuno, íleo e cólon dos leitões amostrados já no frigorífico. Até o presente momento, foram realizadas 3 coletas totalizando-se 93 amostras de fezes. As amostras foram coletadas diretamente da ampola retal, armazenadas em recipientes térmicos e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia Veterinária do Hospital Veterinário ULBRA/Canoas. As amostras forma protocoladas e posteriormente processadas segundo a técnica de Lutz Modificada, baseada no princípio de sedimentação fecal por 12 horas e confirmação dos cistos pela visualização do sedimento em microscópica óptica. Na primeira e segunda coleta, as fezes de 11 matrizes foram analisadas. Já na terceira coleta, além das 11 matrizes, fezes de 60 leitões desmamados foram analisadas. Na primeira coleta, 10 amostras foram positivas para B. coli e na segunda coleta, 9 amostras foram positivas (81,8%) para o agente. Já na terceira coleta, o percentual de positividade das matrizes se manteve em 90,9% (10 amostras), mas das 60 amostras fecais dos leitões desmamados, apenas 12 estavam positivas (20%). Os dados preliminares evidenciam a presença de B. coli nas fezes de suínos no sul do Brasil, porém necessita-se a finalização das coletas para análise da flutuação parasitária nas matrizes e nos leitões.


Palavras-chave


Ocorrência, Balantidium coli, Suínos, Serafina Correa.

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