Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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PERFIL DE GESTANTES COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL DA MATERNIDADE DONA EVANGELINA ROSA
Nathalia Preissler Vaz Silveira, Gustavo Mottin Rizowy, Manoel Pinheiro Lucio Neto, Jeniffer Rayane Brito dos Santos, Irla Beatriz Ferreira e Silva, Emmanuelle Patrícia oliveira da Silva, Allessana Alves de Araújo, Melissa Camassola

Última alteração: 31-08-2017

Resumo


Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) é marcado pela intolerância à glicose com início durante a gestação. O seguimento desta doença pode ser feito apenas com alimentação adequada, e quando não feito seu controle a progressão pode resultar em graves complicações maternas e fetais. Essa doença acomete cerca de 3% a 25% das gestações e associa-se com aumento de morbidade e mortalidade perinatal, segundo a Sociedade Brasileira do Diabetes – SBD (2015-2016). Objetivos: caracterizar o perfil das gestantes portadoras de DMG e comparar com as gestantes não portadoras de DMG. Material e Métodos: foram selecionadas 26 pacientes da Maternidade Dona Evangelina Rosa, localizada na cidade de Teresina-PI. As gestantes participaram do estudo mediante autorização assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Luterana do Brasil. Foram utilizados dados dos prontuários de acompanhamento e de formulários próprios das mesmas como fontes para caracterização dos seus perfis e dos perfis dos recém-nascidos. Resultados: ao serem questionadas quanto ao uso de álcool, tabagismo, drogas ou medicamentos de uso regular 19% das gestantes confirmaram algum dos três hábitos. Nenhuma gestante é portadora de hipertensão arterial sistêmica e sífilis; não possuem infecção com HIV, citomegalovírus, HCV e HBV. A idade média das mães no estudo foi de 25 anos. Doze das 26 gestantes incluídas no estudo apresentaram DMG. A média da glicemia pré-parto dessas pacientes foi de 103 mg/dl. As pacientes com DMG tiveram a idade gestacional em média de 38,7 semanas, enquanto que as pacientes sem a doenças apresentaram o valor de 39,1 semanas. Todos os recém-nascidos caracterizados como grandes para a idades gestacional (GIG) eram filhos de mães com DMG. As crianças filhas de mães com DMG tiveram peso e comprimento estatisticamente maiores do que as crianças filhas de mãe sem DMG pelo Teste de Wilcoxon-Mann-Whitney com valor p <0.001 para peso e comprimento. O único recém-nascido identificado com malformação congênita tendo que permanecer na UTI neonatal não era filho de mãe com DMG. Três pacientes dos quatro que aspiraram líquido aminiótico meconial eram filhos de mães com DMG. Conclusões finais: sabe-se que a patologia DMG é a síndrome metabólica mais comum na gestação, sendo assim um problema de saúde pública. No estudo apresentado, 50 % dos bebês de mães com DMG nasceram com o peso maior do que o estimado para a idade gestacional pediátrica. Além disso, os três recém-nascidos que tiveram aspiração de líquido aminiótico meconial eram filhos de mães com DMG. Dessa formas, as características dos bebês seguem um padrão já existente em outras maternidades, sendo que a instalação da ficha de acolhimento e classificação de risco na atenção básica municipal de Teresina- PI é um resultado da identificação dessas gestantes com diabetes gestacional e demais gestações de alto risco.

Palavras-chave


diabetes mellitus gestacional; recém-nascidos; desfechos.

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