Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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INVESTIGAÇÃO DO EFEITO MUTAGÊNICO E ANTIMUTAGÊNICO DA MIRICETINA ATRAVÉS DO TESTE SMART EM Drosophila melanogaster
Renata Schutts Lemos, Vanessa Souza Bizarro, Luciano André Assunção Barros, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 17-09-2017

Resumo


Flavonóides são compostos fenólicos extensamente estudados por suas propriedades antioxidantes e citoprotetoras em vários modelos biológicos. Eles podem proteger contra estresse oxidativo através do sequestro de espécies reativas, quelação do ferro e inibição de enzimas responsáveis pela geração de radicais livres. Entre os diversos compostos flavonoides com ação antioxidante destaca-se a miricetina, um flavonóide comum na dieta humana sendo encontrado em frutas, chás, legumes, vinho tinto e plantas medicinais. Este composto possui as seguintes atividades biológicas: antioxidante, antialérgica, antiaterogênica, anti-inflamatória e antiangiogênica. Objetivos: Avaliar a atividade mutagênica da MIR e estudar o potencial antimutagênico deste composto fenólico sobre os danos genéticos induzidos pelo mutágeno etil-metano-sulfonato (EMS). Metodologia: Foi utilizado o teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em D. melanogaster. Para a análise do potencial genotóxico foram utilizados os cruzamentos padrão e aprimorado, que apresentam níveis normais e aumentados de enzimas de metabolização do tipo citocromo P450, respectivamente, e as concentrações de 12,5; 25; 50 e 100 mg/mL de MIR. Na análise do potencial antimutagênico foram utilizados os protocolos de co- e pós-tratamento e as concentrações de 25; 50 e 100 mg/mL de MIR. Resultados: Os resultados preliminares referentes à toxicidade genética da MIR mostram que este composto não exerceu atividade mutagênica em todas as concentrações avaliadas em ambos os cruzamentos. Não foram encontradas diferenças significativas na frequência de todos os tipos de manchas nos tratamentos com MIR quando comparadas ao controle negativo. Os dados referentes a atividade antimutagênica no protocolo de co-tratamento mostram que a MIR reduziu a frequência de danos genéticos induzidos pelo EMS apenas na concentração de 100 mg/mL. Por outro lado, no protocolo de pós-tratamento a MIR não foi capaz de alterar significativamente a frequência de danos induzidos pelo EMS. Conclusões: Os dados do presente estudo mostram que a MIR não foi mutagênica e recombinogênica no teste SMART de asa, nas condições experimentais utilizadas, assim como reduziu os danos genéticos induzidos pelo EMS, no protocolo de co-tratamento, indicando que este composto apresenta uma ação protetora mais ampla, do que apenas a atividade antioxidante, já descrita na literatura, visto que o EMS não é capaz de induzir danos oxidativos no DNA.


Palavras-chave


etil-metano-sulfonato, flavonoides, mutação, recombinação

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