Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANALÍSE FITOQUÍMICA E ANTIOXIDANTE DAS FOLHAS DE SENNA OBTUSIFOLIA
Guilherme Borsoi, Suele Bierhals Vencato, Alexandre de Barros Falcão Ferraz

Última alteração: 17-09-2017

Resumo


Mesmo que na atualidade, as plantas medicinais sejam um campo de pesquisa relevante para o Brasil, pouco se conhece da biodiversidade dessa flora. As plantas medicinais estudadas normalmente são aquelas utilizadas conforme o conhecimento popular. Na região ocidental do Sudão, há relatos que as folhas fermentadas de Senna obtusifolia, que são utilizadas na produção de um alimento conhecido como “kawal”. Devido à alta taxa de fibras é usado como um substituto da carne. Na Ásia é utilizada pela medicina tradicional no tratamento de distúrbios gastrointestinais e como anti-inflamatório. Na medicina popular do nordeste do Brasil essa planta é comumente chamada de mata-pasto. Senna obtusifolia é usada como laxante e para combater gripes (Piauí), tratar verminoses e diarreia (paraíba) e câncer de ovário (Amazônia). Com isso, o objetivo deste trabalho foi analisar a constituição fitoquímica através de analises colorimétricas e o potencial antioxidante pelo ensaio com 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH) das folhas de S. obtusifolia. A constituição fitoquímica das folhas de S. obtusifolia foi analisada através dos ensaios colorimétricos qualitativos do screening fitoquímico quanto a presença de alcaloides, antraquinonas, cumarinas, flavonoides, saponinas e taninos. Os doseamentos de compostos fenólicos e flavonoides totais foram realizados pelo método de Folin-Ciocauteu e Cloreto de alumínio (AlCl3), respectivamente. A capacidade antioxidante foi determinada pelo ensaio com DPPH (usando como padrão a quercetina (IC50 = 18,22 ± 2,22 μg/mL). Através da análise fitoquímica das folhas da S. obtusifolia sugere-se a presença de alcaloides, flavonoides e saponinas. O doseamento do extrato aquoso das folhas de S. obtusifolia apresentou um teor de 50,46 ± 1,89 mg/g EAG de fenólicos totais e 3,44 ± 0,11 mg/g EQ de flavonoides totais. O potencial antioxidante do extrato bruto indicou uma baixa capacidade antioxidante (IC50 = 784,176 ± 10,66 μg/ml). Como se sabe, o estresse oxidativo possui um importante papel no desenvolvimento de algumas doenças crônicas, pois causa efeitos danosos e nocivos a macromoléculas essenciais do organismo. Por outro lado, os compostos fenólicos possuem importante ação sequestradora de radicais livres, logo, podem reduzir ou até mesmo impedir o estresse oxidativo. Porém, S. obtusifolia apresentou fraca atividade antioxidante a qual parece estar ligada aos baixos teores de compostos fenólicos e flavonoides totais, o que sugere que as suas atividades biológicas relatadas popularmente, não está associada com os seus compostos fenólicos.

Palavras-chave


DPPH; S. obtusifolia; anti-inflamatório; compostos fenólicos e flavonoides

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