Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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“CAIXA DE ENCAIXES”: PRODUÇÃO DE MODELO DIDÁTICO DE ENCAIXES ARTICULARES
Patricia Logemann, MAGDA PATRÍCIA FURLANETTO

Última alteração: 23-10-2017

Resumo


Introdução: O corpo humano apresenta uma grande variedade de movimentos distribuídos entre as suas articulações. Mas por que algumas apresentam movimentos diferentes das outras? Por que lesões de articulações como ombro e joelho são distintas? O primeiro elemento de restrição aos movimentos em uma articulação é o formato dos ossos que a compõe, formando encaixes específicos e imprimindo características funcionais próprias. A compreensão da anatomia funcional é essencial no entendimento das patologias do sistema articular. Técnicas de processamento de imagens vêm sendo empregadas há bastante tempo para o diagnóstico por imagens em medicina. Mais recentemente, aplicações baseadas em modelos anatômicos têm ganhado força e visam suportar simulações de movimento e fisiologia. Objetivo: Visando contornar a dificuldade enfrentada na visualização dos movimentos na disciplina de Morfologia Médica, esse trabalho objetivou desenvolver modelos tridimensionais que auxiliem na compreensão dos alunos sobre as articulações sinoviais que estão presentes no corpo humano. Metodologia: A fim de elaborar os protótipos de encaixes articulares, foram utilizados tubos de PVC, pregos, isopor esférico e quadrados de madeira, que foram usados para desenvolver as articulações do tipo diartrose. Todos os instrumentos foram recortados, lixados, sendo, por fim, moldados com massa plástica com o intuito de promover o encaixe adequado para cada articulação. Foi aplicado, por fim, um questionário, com quatro perguntas fechadas abrangendo 114 alunos, do segundo e do quarto semestre de Medicina e que haviam cursado a disciplina de Morfologia. Resultados: Em relação ao resultado do questionário, 100% dos alunos responderam que o modelo iria ajudar de alguma forma no aprendizado deste conteúdo. Ao questioná-los sobre a necessidade de haver uma explicação teórica antes da demonstração dos modelos, 92,9% dos alunos disseram que sim. Nesse contexto, 67,5% julgaram que ajudaria muito, 29,8% moderadamente e somente 3,5% pouco. Conclusões: Foram reproduzidos ao todo seis modelos estruturais que demonstraram ser úteis para o melhor entendimento da disciplina de Artrologia, apresentando boa aceitação entre os alunos. Ao permitir uma melhor visualização dos encaixes articulares foi possível, não apenas decorar quais movimentos era possível realizar em cada articulação, mas compreender sua localização e quais os movimentos executam. Dessa forma, será possível construir uma base teórica, não apenas baseada na memorização dos conteúdos, mas, principalmente, no seu real entendimento a partir da visualização de modelos que simulem estruturas presentes no nosso corpo.


Palavras-chave


articulações, metodologia, modelo anatômico, educação médica, ensino

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