Portal de Eventos da ULBRA., XXIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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INVESTIGAÇÃO DOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE BDNF (FATOR NEUROTRÓFICO DERIVADO DO CÉREBRO) EM VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO GRAVE
Tatiane Maidana Konzen, Natállia Boff de Oliveira, Deborah Luíza Christ Londero, Vitória Andrade Silva Raupp dos Santos, Andressa Luísa Dallago, Fernanda Garske Almansa, Davi Patussi Lazzari, Mariana de Souza Massetti, Camile Neves Cardoso, Andrea Regner, Daniel Simon

Última alteração: 05-09-2017

Resumo


Introdução: O Traumatismo crânio encefálico (TCE) representa a principal causa de morbi  mortalidade em indivíduos jovens no mundo. Apesar do impacto do TCE na Saúde Pública, não existem biomarcadores precoces efetivos para sua estratificação de gravidade e predição prognóstica. O BDNF é uma neurotrofina relacionada com a sobrevivência neuronal, plasticidade axonal, e função sináptica.

Objetivo: Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o BDNF plasmático como potencial biomarcador de desfecho fatal precoce em vítimas de TCE grave.

Metodologia: Foram incluídos nesta coorte prospectiva 110 homens vítimas de TCE grave (GCS 3–8, na admissão hospitalar). A variável de desfecho investigada foi a mortalidade na unidade de terapia intensiva (UTI). Amostras de sangue foram coletadas na admissão na UTI. Foi utilizado ensaio de ELISA para determinação dos níveis plasmáticos de BDNF (Quantikin e Human BDNF, R& D Systems, Minneapolis, MN, USA).

Resultados e Conclusões: A idade mediana dos pacientes foi de 32 anos e 66% apresentaram politrauma associado ao TCE. Os principais mecanismos de lesão foram os acidentes com veículos automotores (42%), seguidos de violência interpessoal (33%). Os escores de coma de Glasgow (GCS) mais baixos na admissão hospitalar tiveram correlação com o desfecho fatal (6,3±0,2 e 4,9±0,3, média±E.P., nos sobreviventes e não-sobreviventes, respectivamente, p>0,05). A mortalidade na UTI foi de 36%. A concentração média de BDNF plasmático nas vítimas de TCE grave foi de 839,0±86,2 picog/ml (± E.P). Não houve diferença significativa entre os níveis de BDNF entre os grupos de sobreviventes (875,3±117,2 picog/mL) e de não-sobreviventes (775,6±146,1 picog/mL) (Teste T não-pareado, p>0,05). Ainda, não houve correlação significativa entre os níveis de BDNF e o desfecho fatal (Spearman, p=0,617) ou o tipo de TCE (isolado ou associado a politrauma; p=0,682).. Em suma, o presente estudo mostrou que não houve correlação entre os níveis de BDNF plasmáticos e o desfecho precoce fatal em homens vítimas de TCE grave, independentemente do tipo de TCE.


Palavras-chave


traumatismo crânio encefálico; biomarcadores; mortalidade

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