Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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EFEITO DA DEFLAMINA NO MODELO EXPERIMENTAL DE COLITE INDUZIDA POR ÁCIDO ACÉTICO
Lucas Petitemberte de Souza, Renata Minuzzo Hartmann, João Carlos Martins Fernandes, Elizângela Schmitt, Norma Possa Marroni

Última alteração: 31-08-2018

Resumo


A Retocolite Ulcerativa Indeterminada (RCUI) trata-se de uma inflamação crônica, sem causa conhecida e que acomete o trato gastrointestinal nas regiões do reto e cólon. O processo inflamatório é caracterizado por lesões e destruições nos tecidos que geram um aumento das Espécies Reativas de Oxigênio (ERO), levando ao quadro de Estresse Oxidativo (EO). O isolado proteico deflamina, originado do extrato concentrado de tremoço-branco, possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Logo, a suplementação com a deflamina pode retratar uma nova abordagem terapêutica na inibição tanto dos danos inflamatórios, tanto os provocados pelo EO na RCUI. O presente estudo objetivou avaliar os efeitos da deflamina em modelo experimental de colite induzida por ácido acético. Foi realizada a indução de colite através de ácido acético em 24 ratos machos Wistar, (±350g) e divididos em 4 grupos: Controle (CO); Controle+Deflamina (CO+CD); Colite (CL); Colite+Deflamina (CL+CD). Os animais dos grupos colite foram submetidos à administração intracolônica por enema com ácido acético 4% no volume de 4mL. Os animais dos grupos controles receberam solução salina 0,9% no volume de 4mL. A deflamina (15mg/kg) foi administrada via oral por gavagem e o tratamento começou após 3 horas da indução da colite, durante em 3 dias. Foram aferidas a pressão anal esfincteriana e análise histológica, pela coloração de hematoxilina-eosina. Com o homogeneizado do intestino, foi realizada as avaliações de Lipoperoxidação (LPO) através da técnica das Substâncias Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) e da atividade das enzimas antioxidantes: Superóxido Dismutase (SOD) e Glutationa Peroxidase (GPx). Para análise estatística das médias e erro padrão, utilizou-se o GraphPad Instat. A variância foi analisada pelo teste ANOVA ONEWAY, seguido do teste Student-Newman-Keuls, onde o nível de significância adotado foi 5% (p<0,05). Na pressão anal esfincteriana, o grupo CL+CD apresentou um aumento significativo em relação ao grupo CL (CO: 60±0,59; CO+CD: 59±1,10; CL: 33±0,45; CL+CD: 48±0,93). Na análise histológica, o grupo CL+CD apresentou diminuição de edema, da inflamação e regeneração das criptas. A avaliação da LPO por TBARS evidenciou diminuição significativa no grupo CL+CD quando comparado ao grupo CL (CO: 0,37±0,07; CO+CD: 0,48±0,06; CL: 1,55±0,23; CL+CD: 0,85±0,23). A atividade da enzima SOD apresentou diminuição significativa no grupo CL+CD em relação ao grupo CL (CO: 1,04±0,25; CO+CD: 0,78±0,14; CL: 2,01±0,07; CL+CD: 1,11±0,24) e na atividade da enzima GPx observou-se aumento significativo no grupo CL+CD em relação ao grupo CL (CO: 2,20±0,58; CO+CD: 2,38±0,52; CL: 0,94±0,05; CL+CD: 1,65±0,16). O uso da deflamina sugere um efeito protetor contra as ERRO, diminuição da LPO e restauração das atividades enzimáticas da SOD e GPx, redução do dano tecidual através da diminuição de edema e reorganização das criptas.

Palavras-chave


deflamina; colite; ácido acético; estresse oxidativo; antiozidantes

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