Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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ANÁLISE DO TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS, FLAVONOIDES E DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DE BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS
Natália Garcia Santos, Raissa Rebes Rossatot, Alexandre de Barros Falcão Ferraz

Última alteração: 03-09-2018

Resumo


No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, respiratórias, entre outras, são consideradas um dos grandes problemas de saúde pública, sendo a principal causa de mortalidade. Os radicais livres são essenciais para o funcionamento do organismo, porém, quando em excesso, passam a atacar células sadias. O envelhecimento estimula um aumento na produção de radicais livres e espécies reativas de oxigênio. Esse quadro representa um sinal de estresse para o organismo e sua ação deixa de ser benéfica e torna-se danosa em resposta ao dano dependente da idade. Uma dieta rica em antioxidantes é capaz de eliminar os radicais livres das células do corpo e prevenir ou reduzir os danos causados pela oxidação, auxiliando também na prevenção de doenças graves, como as cardiovasculares. Em razão disto o interesse a respeito dos alimentos ricos em antioxidantes vem crescendo nas últimas décadas o que despertou, por consequência, o interesse do mercado de produtos naturais, dentre estes, as bebidas chá-verde, erva-mate, sucos de laranja e detox são frequentemente indicadas como potentes agentes antioxidantes. Visto isso, o presente estudo teve como objetivo comparar o teor dos compostos fenólicos, flavonoides totais e o potencial antioxidante destas quatro bebidas não alcoólicas. Os extratos (chá-verde, erva-mate) foram preparados pelo método de infusão na proporção de 1:10 (soluto/solvente), e assim como os sucos industrializados, foram congelados e liofilizados. A determinação do teor de compostos fenólicos e flavonoides totais foram feitas através do método de Folin-Ciocauteu e AlCl3, respectivamente, e o potencial antioxidante foi determinado através de ensaio com o radical livre DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila), usando como padrão a quercetina (IC50 = 18,22 ± 2,22 µg/mL). Os resultados obtidos neste trabalho indicam que os teores de compostos fenólicos são determinantes para a atividade antioxidante, uma vez que o chá-verde foi à bebida que apresentou a maior quantidade de compostos fenólicos (364,96 ± 3,20 mg/EAG) também apresentou a maior atividade antioxidante (IC50 33, 06 ± 3,33 µg/mL), por outro lado a amostra de suco detox, que tem um reduzido teor de compostos fenólicos (14,00 ± 1,38 mg/EAG), consequentemente apresentou uma baixa atividade antioxidante. A partir dos resultados obtidos, podemos concluir que os teores de compostos fenólicos são determinantes para a atividade antioxidante. Também foi possível observar que dentre as amostras analisadas, as elaboradas a partir de folhas (chá-verde e erva-mate) destacaram-se quanto ao seu potencial antioxidante em relação as constituídas de frutas (sucos de laranja e detox).

Palavras-chave


Antioxidante; DPPH; Compostos fenólicos; Flavonoides; Bebidas;

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