Portal de Eventos da ULBRA., XXIV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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NECROSE ASSÉPTICA DE CABEÇA DE FÊMUR EM UM CÃO
Daniela Lehmen

Última alteração: 08-09-2018

Resumo


Introdução

A necrose asséptica da cabeça de fêmur, também chamada de Legg-Perthes, é uma doença ocasionada pela interrupção no fluxo sanguíneo gerando colapso da epífise femoral. A etiologia desta doença ainda é investigada, entre os fatores, estão, hormonal, genético, conformação anatômica e infarto da cabeça do fêmur. Ocorre em animais jovens, de 6 meses até 2 anos de idade, principalmente em raças de pequeno porte e na maioria dos casos é unilateral. Os proprietários relatam claudicação progressiva, redução de apetite e o ato de morder a pele sobre o membro afetado. O diagnóstico ocorre baseado na apresentação clínica, exame físico e exame radiográfico (SCHULTZ, 2014).

Objetivos

O objetivo deste trabalho é relatar o caso de um cão, fêmea, da raça Shih-tzu, de 1 ano e 3 meses de idade, diagnosticada com necrose asséptica de cabeça de fêmur.

Relato de Caso

Foi atendido no Hospital Veterinário da Ulbra um cão, fêmea, 1 ano e 3 meses de idade, Shih-tzu, castrada, 6,2kg. Na anamnese o tutor relatou que a paciente claudicava o membro pélvico direito, apresentando dores intensas e possuía o ato de morder a pele deste membro. Ao exame clínico a paciente apresentou TR 39,4ºC, mucosas normocoradas, normohidratada, frequência cardíaca de 132 bpm e taquipneia. Ao exame ortopédico foi possível perceber algia e crepitação à rotação da articulação coxofemoral direita. Foram realizados exames radiográficos e hematológicos da paciente. Na radiografia coxofemoral foi observada deformidade da cabeça do fêmur, encurtamento do colo femoral, com focos de redução da opacidade óssea. Diante da alteração a paciente foi encaminhada para artroplastia excisional da cabeça e colo femorais do membro acometido. O acesso cirúrgico se deu através de uma incisão craniolateral sobre a articulação coxofemoral, afastando os músculos glúteos, bíceps femoral e tensor da fáscia lata. A cápsula articular foi incisada e o membro rotacionado externamente em 90º. A excisão da cabeça e colo femorais foi realizada com auxílio de osteótomo e martelo, e com lima óssea, realizado o aplainamento da superfície. Foi realizada radiografia do pós-operatório imediato. Nas primeiras 24h de pós-operatório, a paciente recebeu como analgesia, metadona, cetamina e meloxicam. Ao segundo dia a paciente recebeu alta, passou a receber tramadol, dipirona e carprofeno por 5 dias. Além disso, recebeu amoxicilina com clavulanato de potássio e ranitidina por 10 dias; condroprotetor de uso contínuo. Foi recomendada aplicação de compressa fria no local por 15 minutos, três vezes ao dia, por 48h e encaminhamento para fisioterapia.

Resultados e Conclusões finais ou parciais.

A paciente realizou 12 sessões de fisioterapia, e após 4 meses de cirurgia, não apresenta dor ou claudicação do membro operado. O procedimento adotado, é o método de escolha no tratamento da patologia supracitada e neste caso, proporcionou eliminação da dor e consequente melhora da qualidade de vida da paciente.


Palavras-chave


Colocefalectomia, doença de Legg-Perthes, claudicação, ortopedia veterinária.

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