Portal de Eventos da ULBRA., XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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PAPEL DO DNA PLASMÁTICO COMO PREDITOR DE PROGNÓSTICO NO TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO
TATIANE MAIDANA KONZEN, DAVI PATUSSI LAZZARI, RAFAEL MICHITA, DANIEL SIMON, ANDREA REGNER

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Introdução O traumatismo crânio encefálico (TCE) é a principal causa de morbimortalidade em indivíduos jovens no mundo, não existindo biomarcadores precoces efetivos para predição prognóstica na prática clínica. O DNA plasmático (cfDNA) tem sido sugerido como um promissor biomarcador de lesão celular aguda. Objetivos Investigar o potencial do cfDNA como biomarcador prognóstico de mortalidade intrahospitalar em pacientes com TCE grave e moderado admitidos em um Centro de Trauma em Porto Alegre (RS). Metodologia O presente estudo foi avaliado e aprovado nos Comitês de Ética em Pesquisa da ULBRA e do Grupo Hospitalar Conceição (parecer #2.233.674). Foram incluídos nesta coorte prospectiva 71 vítimas de TCE moderado e grave (GCS3-12) admitidas na emergência emergência do Hospital Cristo Redentor (HCR) entre março de 2017 e janeiro de 2019. Foi coletado sangue venoso (em tubos contendo EDTA) de cada paciente nas primeiras 6 horas após a admissão no HCR. O sangue foi processado para obtenção de plasma e, após, congelado a -20ºC até o dia da análise das concentrações de cfDNA. Os níveis de cfDNA foram determinados no plasma por método fluorimétrico. Os pacientes foram seguidos diariamente e até o desfecho primário: óbito ou alta hospitalar. Resultados e Conclusões finais A idade média dos pacientes foi de 40,4 anos e o principal mecanismo de lesão foi acidente com veículo automotor (54%). O escore médio na GCS na admissão hospitalar foi de 8,8±4,0 e de 9,5±3,2 e no ISS foi de 10,1±21,5 e de 5,9±9,6 nos não sobreviventes e nos sobreviventes, respectivamente. Aproximadamente 20% dos pacientes apresentaram hipóxia e/ou hipotensão, 12% alterações pupilares na chegada e 46% tiveram monitorização da PIC. A mortalidade intrahospitalar foi de 17% e houve correlação significativa entre níveis mais altos de cfDNA na admissão hospitalar e o desfecho fatal (p=0,027). Os níveis plasmáticos de cfDNA dos pacientes que tiveram desfecho fatal foram significativamente mais elevados (1951,9±2952,5 ng/mL) do que dos sobreviventes (1033,4±456,3 ng/mL, média±D.P.; p=0,027). A média do escore de GOS nos pacientes que tiveram alta hospitalar foi de 4,3±1,0. Concentrações plasmáticas de cfDNA mais elevadas, determinadas por método fluorimétrico, apresentaram correlação com desfecho fatal intrahospitalar em vítimas de TCE moderado e grave atendidas em Centro de Trauma no RS.

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