Portal de Eventos da ULBRA., XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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RELAÇÃO ENTRE DESEMPENHO DE ESCOLARES NO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOLÓGICA INFANTIL NOS ANOS DE 2017 E 2019
Tainá Viégas da Silva Garcia, Aline da Silva kern, Esther da Cunha Rodrigues, Maria Eduarda Pedroso Baseggio, Deisi Cristina Gollo Marques Vidor

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


Há uma relação recorrente entre o trabalho fonoaudiológico e as alterações de fala presentes em crianças. Dada esta relação, a Fonoaudiologia sempre se debruçou sobre a avaliação e a terapia destes distúrbios, uma vez que os mesmos podem interferir de forma significativa em diversos aspectos do desenvolvimento da criança (linguístico, acadêmico, emocional). Por isso, a clínica fonoaudiológica possui um instrumento valioso conhecido como avaliação fonológica (Nunes e Frota, 2009) para detectar tais alterações. A avaliação fonológica consiste em verificar se a criança consegue articular os sons da língua de forma correta e, mais do que isso, utilizá-los adequadamente nas diferentes posições em que podem ocorrer dentro do sistema fonológico. Este método deve ser aplicado de forma rápida e precisa, observando as novas exigências de atuação do fonoaudiólogo em seus diferentes campos (Crestani e Vendruscolo, 2012). Sendo assim, o objetivo deste trabalho é verificar a prevalência de alterações fonológicas em alunos de uma escola pública de ensino fundamental do município de Porto Alegre - RS, utilizando o Protocolo de Avaliação Fonológica Infantil - PAFI. A coleta de dados se deu em dois momentos. Em 2017, foram avaliadas 147 crianças do primeiro ao quarto ano; no ano de 2019, foram avaliadas 97 crianças da mesma escola e com as mesmas características. O PAFI foi escolhido por se tratar de uma proposta nova que está voltada à triagem fonológica, sendo aplicado de forma muito mais ágil do que os demais protocolos à disposição dos profissionais, com eficácia semelhante. A avaliação através do PAFI constatou, no ano de 2017, que 34,69% (51 alunos) das crianças apresentaram alterações fonológicas.  No ano de 2019, os resultados não foram muito diferentes: 35,05% (34 alunos) das crianças apresentaram alterações. Observa-se uma diminuição do número de alterações ao longo da evolução escolar. Ainda assim, todos os indivíduos avaliados já deveriam ter seus sistemas fonológicos completos na idade em que foram submetidos ao protocolo, de acordo com a literatura sobre o tema. Dada a alta prevalência de distúrbios fonológicos detectada pelo instrumento, conclui-se sobre a importância do trabalho fonoaudiológico sobre este aspecto na escola. Seriam interessantes intervenções preventivas que envolvessem tanto professores quanto familiares, a fim de estimular a fala das crianças, mesmo antes do seu ingresso na escola, a fim de minimizar os prejuízos advindos deste distúrbio.



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