Portal de Eventos da ULBRA., XXV SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AS EXPERIÊNCIAS DE HORROR NA INFÂNCIA NO FILME CORALINE
Alexia da Luz Rodriguez, Ana Maria Acker

Última alteração: 10-09-2019

Resumo


O presente trabalho tem como principal objetivo identificar e analisar elementos que remetem às experiências de horror relacionadas à infância presentes na animação Coraline (2009), de Henry Selick. A pesquisa se torna relevante devido ao alto índice de consumo das animações pelo público em geral, assim como infantil, normalmente negligenciado pelo gênero de horror em live actions. O estudo se dá por meio do método de análise fílmica, sendo que a amostra de cenas escolhidas compõe um video essay . Os principais conceitos 3 abordados no texto estão relacionados ao cinema de horror (ACKER, 2017 e CARVALHO, 2016) e o de animação (PIMENTEL, 2013), assim como os medos infantis mais frequentes e as possíveis origens (NASI, 2016 e STORCH, 2016). O medo está presente desde os primeiros sopros de vida, como instinto de preservação e proteção (STORCH, 2016). Sua origem e tipo mudam ao longo do tempo, de acordo com o surgimento de novas necessidades de defesa, estando ligado ao desenvolvimento da criança. A partir dos quatro anos, por exemplo, a imaginação se desenvolve e é notado um medo do sobrenatural, que pode estar ligado ao conteúdo que a criança assiste (STORCH, 2016). Os filmes de horror são pensados para produzir esse tipo de sensação, já que “o código principal é gerar medo no espectador por meio de narrativas que abordam o sobrenatural, o fantástico, a violência, a morte” (ACKER, 2017, p. 21). Tais elementos que despertam medo não estão presentes apenas em filmes convencionais de horror, mas também em animações. A partir dos estudos realizados, foi possível perceber que temores comuns do cotidiano da criança - medo da falta de afeto ou abandono dos pais, medo de insetos e de mudanças repentinas de ambiente - adquirem aspectos sobrenaturais tanto narrativa quanto esteticamente. Por meio de elementos fantásticos, Coraline expressa questões da realidade da infância, seja na atualidade ou no imaginário cultural acerca dessa fase do desenvolvimento humano.

1 Graduanda do curso de Publicidade e Propaganda da ULBRA Canoas. E-mail: alexiarodriguez@rede.ulbra.br

2 Professora do Curso de Jornalismo da ULBRA Canoas e doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS. E-mail: ana.acker@ulbra.br

3 Link do video essay: https://vimeo.com/339156787


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