Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE DE ANTICORPOS E DESFECHO EM PACIENTES INTERNADOS EM UTI POR COVID-19 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA.
Diogo Noronha Menezes Kreutz, Alberto Roloff Krüger, Cédrik da Veiga Vier, Augusto Antônio Queiroz Botelho Saute, Luiz Carlos Porcello Marrone

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


Introdução: A pandemia do COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV 2, vem assolando o mundo, principalmente o Brasil, atualmente somam-se 596.749 óbitos. A vacinação em massa da população é a forma mais eficaz no combate ao vírus, visto que desde o começo da vacinação mundial o número de óbitos caiu drasticamente. As vacinas contra o coronavírus tem mecanismo de ação diferente, mas o objetivo delas são o mesmo, criar anticorpos na pessoa vacinada. Os anticorpos são as principais formas de defesa contra infecções, eles são criados a partir de antígenos, que invadem nosso corpo e desencadeiam uma resposta imunológica, tem ação específica, cada vírus desencadeia a formação do seu anticorpo. São produzidos anticorpos do tipo IgG e IgM para a Proteína S, Proteína M, Proteína N do vírus e o agente viral. Anticorpos IgG para a proteína S, são os mais importantes no combate a infecções, visto que a proteína Spike é responsável pela entrada do vírus na célula. Dessa forma, sem a possibilidade do vírus entrar na célula, a doença não pode ser instalada. Objetivo: O estudo tem como objetivo descrever a relação entre a quantidade de anticorpos do tipo IgG para a proteína S total e o desfecho clínico em pacientes que foram internados com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU). Metodologia: No período entre novembro de 2020 e março de 2021 foram coletados dados de 33 pacientes que estiveram internados na UTI do HU em Canoas-RS por infecção da COVID-19. Foram coletadas informações sobre a idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), o desfecho da internação (alta hospitalar ou óbito); além de ter sido coletado no primeiro e décimo quarto dia o nível de anticorpos do tipo IgG para a proteína S total, dos pacientes (na segunda dosagem ocorreram perdas, por óbito de paciente. Os dados foram tabulados em planilha de Excel e após analisados em SPSS 22.0. Na análise estatística foram realizados teste de t-student para comparações entre os grupos de pacientes que tiveram alta ou evoluíram para óbito. Foi considerado nível de significância para p<0.05. Resultados e Discussão: Avaliando os dados de 33 pacientes com Covid-19 que internaram na UTI do HU/ULBRA no período de novembro de 2020 até março de 2021, com média de idade de 66,1±14,1 anos (sendo 18 do sexo masculino), encontramos uma taxa de mortalidade de 66,6%. Alguns fatores apresentaram uma tendência maior de associação com o desfecho mortalidade como idade elevada (acima de 60 anos) (p<0,058), sexo masculino (p<0,108) e índice de massa corporal elevado (p<0,188). Um maior nível de anticorpos no início da internação na UTI esteve associado com menor taxa de mortalidade, assim como sua elevação durante a internação na UTI; sendo esse fator considerado como um fator protetor para o pior desfecho (óbito) (p<0,001). Conclusão: Dessa forma, fica claro que o estudo realizado no HU pode comprovar que o pior desfecho prognóstico está ligado à quantidade de anticorpos que o paciente tem ao entrar na UTI. Assim, aqueles que tiveram maior número de anticorpos foram aqueles que tiveram a menor taxa de mortalidade. Sendo assim, tal estudo mostra também como é importante a vacinação, visto que o principal mecanismo de proteção é estimular a produção de anticorpos.


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