Portal de Eventos da ULBRA., XXVII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DO EFEITO CITOTÓXICO DO MINOXIDIL NA LINHAGEM CELULAR L929
Carolina Bueno Luzardo, jessica machado miri, lismare da silva prado, jaqueline nascimento picada, ivana grivicich

Última alteração: 03-12-2021

Resumo


A alopecia ou queda de cabelo vem sendo objeto de estudo há vários anos, seja por afetar diretamente a qualidade de vida de muitos indivíduos, seja pela possibilidade de ser um parâmetro indicador de disfunção ou outra patologia. O minoxidil é um derivado da piperidino-pirimidina, com nome químico de 2,6-diamino-4-piperidinopirimidina-1-óxido (C9H15N5O), originalmente utilizado por via oral para o tratamento da hipertensão, tendo sido notada hipertricose como um efeito secundário em homens sujeitos a este tratamento. Estes dados levaram ao desenvolvimento de uma formulação tópica com o objetivo de inibir a progressão da perda de cabelo e promover o seu crescimento. A fórmula tópica de minoxidil foi aprovada pelo Food and Drug Administration para o tratamento de alopecia. Esse medicamento parece prolongar a fase anagênica de crescimento por um mecanismo ainda desconhecido, levando a uma diminuição da queda de cabelo. Embora o perfil de segurança e a eficácia da solução de minoxidil sejam favoráveis, diversos efeitos colaterais são descritos, como, sudorese, dermatite de contato, irritação da pele, cefaleia e hipotensão ortostática. Devido ao seu uso em larga escala na medicina estética, a realização de mais estudos são de suma importância para a verificação da segurança na sua utilização. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito citotóxico e da indução de cicatrização do minoxidil na linhagem celular L929. A citotoxicidade foi avaliada utilizando o ensaio colorimétrico de MTT ((3-(4,5-dimethyl-2-thiazolyl)-2,5-diphenyl-2H-tetrazolium bromide), onde as células foram semeadas em uma densidade de 5x104 por poço e tratadas com concentrações seriadas (0 -10 µmol/L) de minoxidil. O DMSO (10%) foi utilizado como controle positivo. Após os tratamentos, as células foram incubadas com solução de MTT em meio de cultura sem soro e sem fenol, a 37°C por 3 h. Após a incubação, o sobrenadante foi removido e os cristais de formazan violeta foram solubilizados em 100 μL de DMSO. A leitura foi realizada em um leitor de microplacas, em densidade ótica de 540 nm. Para avaliação da cicatrização in vitro, foi utilizado o ensaio Scratch wound, que mede o fechamento da lesão induzida na cultura. As células foram semeadas em uma densidade de 3x105 por poço e incubadas por 24 h para permitir a adesão e formação de uma monocamada confluente. As monocamadas foram marcadas com uma ponta de ponteira 200µL estéril, formando uma lesão de comprimento próximo ao diâmetro do poço. As células foram tratadas com concentrações de 2, 6 e 10 µmol/L de Minoxidil e analisadas por fotografia após 0 h e 24 h, subsequentes à criação da lesão. As imagens foram obtidas com câmera digital (AxioCamMRc, Carl Zeiss) em lente objetiva de 5 X, acoplada ao microscópio óptico invertido com contraste de fase (Axiovert 25, Carl Zeiss, Alemanha), utilizando o programa MRGrab 1.0.0.4. As imagens foram analisadas com utilização de software ImageJ e o resultado da migração foi expresso em porcentagens. Considerando-se o tempo 0 h como sendo equivalente a 100% da medida da largura do risco. O tratamento com minoxidil não apresentou um potencial citotóxico, mantendo uma viabilidade celular na linhagem L929, quando comparada com o controle negativo. Aparentemente, o minoxidil demonstrou redução da superfície do ferimento em um percentual semelhante ao controle negativo. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmar esses achados.

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