Portal de Eventos da ULBRA., XXIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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O PERFIL DOS ESTUDANTES PENDULARES DE UMA UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL
Kaleb Morais Inácio dos Santos, Lidia Carvalho dos Santos, Rafaela Giulia Zatt, Ana Maria Pujol Vieira dos Santos, Luis Carlos Porcello Marrone, Maria Isabel Morgan Martins

Última alteração: 21-10-2023

Resumo


O movimento pendular abrange indivíduos que se deslocam regularmente para um município diferente de sua residência, seja para fins de estudo ou trabalho. O objetivo do estudo foi descrever o perfil dos estudantes da área da saúde que realizam movimentos pendulares em uma universidade no sul do Brasil. Trata-se  de um estudo transversal, descritivo de caráter quantitativo aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE - 69296523.8.0000.5349). Foi realizada uma entrevista com aplicação de questionário sociodemográfico via Google Formulários nos acadêmicos dos diferentes cursos da área da saúde. Dos 313 participantes, 51,11% afirmaram realizar movimentos pendulares quase diariamente. Foi observado que destes 45,6%  indicaram residir em cidades vizinhas a Canoas, 39,4% em outras cidades da região metropolitana de Porto Alegre e 15% em cidades fora dessa região. Os pendulares, em sua maioria, eram jovens com idades entre 18 e 30 anos (78,12%), solteiros (76,87%), sem filhos (79,37%) e empregados (60%). Quando feito a análise por cursos da saúde, os com maior prevalência de alunos pendulares são os cursos de Enfermagem (75%), Farmácia (69,56%), Odontologia (65,21%) e Fonoaudiologia (64%). Em relação ao sono, 75,6% dos pendulares informaram dormir entre 5 a 7 horas por noite, enquanto 46,4% dos não pendulares dormiam 7 horas ou mais. Ao serem questionados sobre a qualidade do sono, 55% dos pendulares disseram ter uma noite de sono “boa” ou “muito boa”, em contraste com a grande maioria dos não pendulares que relataram ter um sono "bom" ou "muito bom" (70,6%). Em relação ao meio de transporte utilizado para o deslocamento, o carro (45,9%) e ônibus (21,5%) foram as respostas mais frequentes. A partir dos resultados encontrados foi possível observar que os estudantes não pendulares apresentam mais horas de sono que os pendulares. Isso pode ser atribuído ao fato de os pendulares precisarem acordar mais cedo devido às suas jornadas de deslocamento até a universidade ou ao fato de trabalharem durante o dia e estudarem à noite. Sugere-se a necessidade de futuras pesquisas para investigar as variáveis associadas à quantidade e à qualidade de sono.

Palavras-chave: movimento pendular; estudantes da saúde; sono.


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