Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Desenvolvimento e caracterização de biocompósitos de polipropileno e fibras vegetais de curauá
Denise Maria Lenz, Douglas Milan Tedesco

Última alteração: 24-10-2013

Resumo


Devido à crescente demanda por produtos com sustentabilidade econômica, social e ambiental,  muitas pesquisas vêm sendo desenvolvidas com a utilização de fibras vegetais na área de compósitos, visando melhor desempenho mecânico, menor densidade e possibilidade de biodegradabilidade do produto final. Dentre as fibras vegetais, destaca-se o curauá, cultivado na Amazônia, que produz uma fibra de alta resistência. Entretanto, a natureza distinta entre as fibras de curauá, hidrofílica, e a matriz de polímeros convencionais, hidrofóbica, desfavorece a interação entre estas fases, tornando necessária a utilização de agentes de acoplamento.  O polipropileno (PP) é um polímero utilizado em grande escala em diversas áreas da indústria, apresentando assim grande potencial de reciclabilidade. Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento e caracterização de biocompósitos de matriz de PP virgem e reprocessado com quantidades variadas de fibras vegetais de curauá (5, 10 e 20% m/m) através de processamento por injeção. A influência da adição de um agente de acoplamento, o copolímero de polipropileno enxertado com anidrido maleico (PP-g-AM) Polybond 3200 (Chemtura), e da adição de um agente plastificante nas propriedades mecânicas do compósito será avaliada. Em uma segunda etapa deste trabalho, um polímero biodegradável à base de poliésteres (Ecovio da Basf) será utilizado como matriz do biocompósito com fibras de curauá, comparando seu desempenho mecânico com os de matriz de PP. O procedimento experimental consistiu inicialmente no tratamento das fibras de curauá com NaOH 10%, seguido de secagem e moagem em moinho de facas. Após, realizou-se uma pré-mistura das fibras moídas e do PP via moldagem por compressão, corte da pré-mistura em grânulos e seu processamento através de moldagem por injeção com perfil de temperatura de 150 a 170 graus Celsius. A caracterização do PP puro e dos compósitos de PP virgem e reprocessado será realizada através de ensaios de dureza, impacto e tração, além de ensaios de absorção de água em função da concentração de fibra vegetal. Espera-se obter resultados promissores tanto com relação à possibilidade de reciclagem de polipropileno e ampliação de seu emprego em uma gama variada de aplicações quanto com relação à substituição de matriz de polímero não biodegradável (PP) por biodegradável em compósitos poliméricos devido à melhoria de suas propriedades mecânicas pela adição de fibras vegetais de curauá como agente de reforço.


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