A planta Arrabidaea chica (Bignoniaceae) é conhecida popularmente como cajuru, chica ou cajiru, principalmente nas regiões Norte/Nordeste do Brasil. As folhas desta espécie são ricas em fitoesteróis, taninos e flavonoides. Observa-se que a planta é muito utilizada na medicina popular como analgésica, antiinflamatória, agente adstringente e para o combate de enfermidades da pele.  O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito mutagênico do extrato bruto e das frações aquosa e butanólica de A. chica através do teste Salmonella/microssoma (Teste Ames). Utilizou-se as linhagens de Salmonella typhimurium TA1535, TA97a, TA98, TA100 e TA102, com e sem à adição da fração microsomal S9 (S9mix),  no procedimento de pré-incubação por 20 min. Foram calculados os índices de mutagenicidade e os dados foram submetidos a análise estatística (ANOVA). Os resultados foram negativos para as 5 linhagens, na presença e na ausência de S9mix. Concluiu-se que o extrato bruto e as frações aquosa e butanólica de A. chica não são capazes de provocar mutações pontuais, seja por deslocamento no quadro de leitura ou substituição de pares de bases no DNA, quando avaliadas pelo teste Salmonella/microssoma.