Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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AVALIAÇÃO DO DANO OXIDATIVO NA MUCOSA INTESTINAL DE RATOS SUBMETIDOS AO MODELO EXPERIMENTAL DE COLITE ULCERATIVA E TRATADOS COM LECITINA
JOSIELI RASKOPF COLARES, Maria Isabel Morgan-Martins, Henrique Sarubbi Fillmann, Renata Minuzzo Hartmann, Elizângela Gonçalves Schemitt, Norma Possa Marroni

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


A lecitina é uma molécula de gordura que contém colina, fosfato e ácidos graxos. A colina é um nutriente que favorece a integridade estrutural das membranas celulares. A colite ulcerativa (CL) é uma doença inflamatória que acomete o colón e o reto. O aumento da geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) está envolvido na atividade da CL. O objetivo do trabalho foi avaliar a pressão anal esfincteriana, lipoperoxidação (LPO), e atividade das enzimas antioxidantes de ratos submetidos à colite experimental induzida por ácido acético e tratados com lecitina do ovo. Projeto aprovado CEUA-ULBRA sob o número 2012-43P. Foram utilizados 25 ratos wistar machos, divididos em 5 grupos: Controle (CO); Controle+Lecitina (CO+LE); Colite (CL); Colite+Lecitina (CL+LE); Lecitina+Colite (LE+CL). Para indução da colite foi administrado 3 mL de ácido acético (4%) por enema. Os animais foram tratados com 0,5 mL/dia de lecitina do ovo isolada (comercial) por gavagem, 48 horas antes e após a indução da colite. Para análise estatística foi usada ANOVA, seguido do teste de Student-Newmann-Keuls (p<0,05). Foi aferida a pressão anal esfincteriana, a lipoperoxidação (TBARS), as enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (CAT) e análise histológica por H/E. A pressão anal esfincteriana dos animais dos grupos CO 59±3; CO+LE 57,33±1,76; CL 18,66±1,76; LE+CL 40±2,53; CL+LE 34,8±3,6 mmHg. A lecitina tanto no grupo LE+CL quanto no CL+LE aumentou significativamente a pressão anal esfincteriana em relação ao grupo CL, que diminuiu significativamente a pressão em relação aos demais. Na Avaliação do TBARS observamos no grupo CO 1,05±0,3; CO+LE 1,65±0,3; CL 4,14±0,6; LE+CL 1,41±0,3; CL+LE 2,03±0,5 nmol/mg prot. O TBARS mostrou-se aumentado no grupo CL, enquanto que nos demais grupos não se observou diferença significativa. Na avaliação da SOD dos grupos CO 225,5±2,78; CO+LE 243±11,23; CL 306,22±18,2; LE+CL 196,22±15,03; CL+LE 176±31,9 USOD/mg de prot e CAT dos grupos CO 0,24±0,003; CO+LE 0,69±0,09; CL 0,83±0,089; LE+CL 0,38±0,09; CL+LE 0,33±0,09 nmoles/mg de prot, houve aumento significativo no grupo CL quando comparado aos demais e uma diminuição significativa no grupo CL+LE em relação ao grupo CL. Na análise histológica dos grupos CO e CO+LE se observou uma arquitetura normal, no grupo CL foi observado uma destruição das criptas, extenso edema de submucosa e infiltrado inflamatório. A lecitina nos grupos CL+LE e LE+CL proporcionou uma diminuição de edema e preservou as criptas. Podemos concluir que os animais com colite e que receberam a lecitina apresentaram uma redução da lipoperoxidação, restauração das enzimas antioxidantes, bem como, uma melhora da lesão tecidual a julgar pelos resultados obtidos.

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