Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Imagem Corporal: emoções e afetos positivos e negativos em adolescentes escolares da região metropolitana de Porto Alegre
Mariana Fagundes Stechman, Mara Von Muhlen, Fabiane Klering, Caroline Do Val Marques, Sheila Gonçalves Câmara, Denise Ganzo Aerts, Gehysa Guimarães

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


A imagem corporal pode ser compreendida como a representação mental que o sujeito faz sobre o seu corpo, envolvendo sentimentos, crenças e sensações. Existem duas dimensões da imagem corporal: uma perceptiva, relacionada ao julgamento sobre a forma e o tamanho do corpo, e outra atitudinal, que engloba o afeto e a cognição. Os adolescentes sofrem com a pressão cultural para ter um corpo idealizado e quanto maior o distanciamento da imagem real, maior a probabilidade de insatisfação, podendo desencadear quadros de transtornos alimentares. Este estudo, de base escolar, visou avaliar a relação entre a experiência de afetos positivos e negativos e a regulação emocional e a satisfação com a imagem corporal. Participaram deste estudo 996 adolescentes escolares da região metropolitana de Porto Alegre, RS, dentre os quais 55,4 % eram do sexo feminino. As idades variaram de 12 a 19 anos (m=14,2; DP=1,22). A coleta de dados foi realizada no contexto escolar, após aprovação das escolas e consentimento expresso dos pais dos alunos. Como instrumentos foram utilizados: inquérito sociodemográfico, Comportamentos de Saúde entre Escolares (Health Behavior in Schoolchildren) para avaliar satisfação com a imagem corporal, PANAS (Positive and Negative Affect Schedule) que é uma escala de afetos positivos e negativos e TMMS 24 (Trait meta-mood scale) que avalia níveis de inteligência emocional em termos de atenção, clareza e reparação de emoções. As análises utilizadas foram: análise univariada e análise inferencial (correlação de Pearson). Os resultados apontaram que os adolescentes com menor satisfação com a imagem corporal e que se avaliavam como mais gordos em comparação com seus pares experimentaram os afetos de nervosismo, incomodação, falta de esperança, sentimento de que tudo é uma obrigação, auto-desprezo e sentimento de inutilidade, da mesma forma apresentam menor clareza e reparação emocional. Neste sentido, é possível perceber o quanto sofrem com as pressões sociais que lhe são impostas e o quanto se torna necessário que sejam realizadas intervenções por profissionais da área da saúde para prevenir futuros transtornos alimentares.


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