Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Estudo eletroquímico do efeito inibidor do tanino na corrosão do aço carbono 1020
Ana Paula Steffens Farias, Guilherme Canto da Rosa, Nádia Teresinha Schröder, Ester Schmidt Rieder

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


Corrosão de materiais metálicos associados ao seu desempenho é primeiramente considerado para a seleção custo-benefício de materiais. O processo de corrosão depende principalmente do material e do ambiente em que está inserido, exigindo diferentes técnicas para sua proteção. Considerando as muitas formas de proteção à corrosão, o uso de inibidores é atrativo, prático e econômico. Tem sido reportado na literatura que a utilização de compostos polifenólicos naturais extraídos de plantas, denominados taninos, podem ser utilizados como inibidores do processo corrosivo em meio aquoso. A eficiência desta ação inibidora, no entanto, vem sendo discutida e estudada para diversos sistemas material-ambiente. Neste sentido, para este estudo, foram utilizados, como inibidores de corrosão para o aço carbono 1020, taninos extraídos de acácia negra em solução aquosa. Corpos de prova de aço carbono 1020, previamente fosfatizados durante 24 horas em solução de dihidrogeno fosfato de sódio 10 g.L-1, em temperatura ambiente, foram submetidos a uma solução agressora de sulfato de sódio 0,1 mol.L-1, contendo diferentes teores de tanino em diversos tempos de imersão. Soluções de sulfato de sódio sem tanino e com adição de 0,5 e 1,0 g.L-1de tanino e tempos de imersão de 1, 3, 7 e 15 dias foram utilizadas. A eficiência de inibição do tanino foi avaliada por medidas eletroquímicas, utilizando cronopotenciometria, polarização potenciodinâmica anódica e espectroscopia de impedância eletroquímica em uma célula típica de três eletrodos, contendo eletrodo de trabalho, eletrodo de referência (eletrodo de calomelano saturado) e contra-eletrodo (platina). As análises eletroquímicas foram realizadas nas mesmas soluções de imersão. Resultados parciais mostraram que os corpos de prova que ficaram imersos em solução de sulfato de sódio 0,1 mol/L com adição de 0,5 e 1,0  g/L de tanino de acácia negra apresentaram maior eficiência de inibição da corrosão comparados aos corpos de prova imersos na solução sem tanino, indicado pela menor corrente de corrosão observada nas curvas de polarização e pela menor resistência de polarização nos ensaios de impedância eletroquímica. Os espectros de impedância (Nyquist) não exibiram um semi-círculo perfeito no potencial de circuito aberto. Para uma estimativa quantitativa da resistência à corrosão por esta técnica, foram considerados múltiplos elementos constantes de fase, pois o ângulo de fase foi diferente de -90º. Estes elementos constantes de fase para este sistema foram possivelmente gerados pela formação de tanato, camada de fosfato e dupla camada. A distinção dos vários elementos do circuito não foi efetivamente estabelecida. Apesar disto, foi possível estabelecer que a resistência de polarização das espécies em solução contendo tanino aumentou significativamente, comparado às soluções sem adição de tanino.

 


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