Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Estudo da atividade mutagênica e antimutagênica de bactérias lácticas através do teste SMART
Jéssica Machado Miri, Renata Chequeller de Almeida, Sérgio Echeverrigaray Laguna, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


Entre os micro-organismos probióticos mais importantes sob o ponto de vista biotecnológico se destacam as bactérias ácido lácticas (BALs). Esta importância é resultado do amplo potencial de aplicação destes micro-organismos, abrangendo desde sua incorporação como parte do processo de fermentação em produtos lácteos, tais como queijo, iogurte, sorvetes, sobremesas lácteas e outros, até à sua utilização como probióticos na saúde humana e animal. A utilização de BALs e seus produtos fermentados tem conferido uma variedade de benefícios nutricionais e terapêuticos importantes, entre eles, propriedades antitumorais. Entretanto, a avaliação da atividade mutagênica e antimutagênica de BALs não têm sido amplamente estudada e, portanto, há poucos relatos descritos na literatura científica. Neste sentido, o presente estudo tem o objetivo de avaliar estas propriedades em uma cepa de Lactobacillus paracasei (LAC104) isolada de queijo tipo “Serrano” produzido no Estado do Rio Grande do Sul em células somáticas de Drosophila melanogaster, através do teste para a Detecção de Mutação e Recombinação Somática (SMART). Quatro diferentes concentrações de LAC104 (104, 106, 108 e 1010 céls/mL) foram utilizadas em ambas as avaliações através do cruzamento padrão. Como controle positivo, nos estudos de antimutagenicidade e toxicidade genética, foi utilizado o etilmetanossulfonato (EMS). Na investigação da atividade antimutagênica foi empregado o protocolo de pré-tratamento. As devidas comparações estatísticas entre os grupos de tratamento foram realizadas através do teste binomial condicional de Kastembaum e Bowman, seguindo o procedimento de decisões múltiplas. Os resultados preliminares encontrados até o momento mostram que esta linhagem não induziu danos genéticos assim como não alterou a frequência de manchas mutantes induzidas pelo EMS. A ausência de atividade mutagênica de BALs verificada neste estudo está de acordo com dados prévios obtidos na literatura científica. Por outro lado, alguns trabalhos descrevem que linhagens de BALs são capazes de proteger o DNA de danos genéticos induzidos por agentes químicos. Assim, a atividade antimutagênica das BALs pode estar relacionada à célula alvo utilizada nos bioensaios.


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