Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Efeito modulador do artepelin C sobre a atividade mutagênica do etilmetanosulfonato e da mitomicina C no teste SMART
Mariana do Amaral Flores, Luciana Ciarelli Plentz, Carmem Regine Faleiro Rodrigues, Rafael Rodrigues Dihl, Mauricio Lehmann

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


Diversos estudos mostram que a própolis verde, produzida pelas abelhas através da coleta de pólen na planta Baccharis dracunculifolia apresenta uma grande diversidade de efeitos biológicos, entre os quais a atividade antimutagênica. Um dos seus principais componentes, que vem sendo descrito como um dos responsáveis por estas propriedades, é o artepelin C (ARC; 3,5-diprenil-4-ácido hidroxicinâmico). Neste sentido, com o objetivo de avaliar a atividade antimutagênica do ARC em relação aos danos genéticos induzidos pelo mutágenos etilmetanosulfonato (EMS) e mitomicina C (MMC) foi utilizado o teste para detecção de mutação e recombinação somática em Drosophila melanogaster (SMART). Para tanto, foi empregado o protocolo de co-tratamento, onde três concentrações de ARC (0,012; 0,025 e 0,05%) foram co-administradas com EMS (5 mM) e MMC (0,05 mM) a larvas de terceiro estágio. Os resultados obtidos mostram que nas concentrações de 0,012 e 0,05% o ARC aumentou de forma fraco-positiva as frequências de danos genéticos induzidas pelos dois mutágenos. Entretanto, a concentração de 0,025% não foi capaz de alterar o número de danos no DNA induzidos pelos agentes mutagênicos. Os dados observados até o presente momento indicam que o ARC pode ser caracterizado como comutagênico e que esta atividade não apresenta relação dose-efeito. O efeito potencializador exercido pelo ARC pode estar associado a: (a) uma possível atividade pró-oxidante, através da indução de espécies reativas de oxigênio; e/ou (b) possíveis interferências sobre os mecanismos de detoxificação/bioativação do EMS e MMC, atuando sobre enzimas da família  citocromo P450.

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