Portal de Eventos da ULBRA., XIX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Caracterização de células-tronco adiposo-derivadas humanas em diferentes passagens in vitro
Maria Vitória Amaral, Michele Porto, Carolina Franke, Luciana Diesel, Adriana Sassi, Luiz Da costa, Eduardo Chem, Nance Beyer Nardi, Melissa Camassola

Última alteração: 25-10-2013

Resumo


As células-tronco são células indiferenciadas, que possuem capacidade de replicar formando células iguais às células-mãe e diferenciar-se formando células especializadas. São classificadas em dois principais tipos: células-tronco embrionárias e células-tronco adultas. As células-tronco adultas que possuem maior plasticidade são células-tronco mesenquimais, elas se diferenciam principalmente nas linhagens osteogênica, condrogênica e adipogênica e as que provêm do tecido adiposo denominam-se ASCs (adipose derived stem cells). O presente estudo visou investigar o comportamento das ASCs no cultivo prolongado. As ASCs foram isoladas de lipoaspirado proveniente de pacientes do Serviço de Cirurgia Plástica da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e cultivadas a curto (1 a 9 passagens), médio (10 a 19 passagens) e longo prazo (20 a 35 passagens). As técnicas de imunofenotipagem, diferenciação celular e potencial clonogênico foram utilizadas para caracterizar as culturas em cada período de cultivo. A imunofenotipagem foi realizada por citometria de fluxo e foram coletados mais de 10.000 eventos, os marcadores investigados foram CD13, CD34, CD44, CD45, CD69, CD73, CD90, CD105, CD117 e HLA-DR. A diferenciação foi induzida por incubação por mais de quatro semanas com o meio de cultura contendo os fatores de crescimento específicos para indução osteo, condro e adipogênica. A determinação do potencial clonogênico foi realizada em culturas em triplicata após o cultivo das células pelo método de diluição limitante. Os resultados da taxa de expansão mostraram que em passagens avançadas houve redução na taxa de proliferação e que a morfologia celular foi mantida em todos os períodos, assim como a expressão dos marcadores de superfície seguiram o perfil de célula-tronco mesenquimal. Também houve diferenciação nas três linhagens celulares em todas as passagens, mas a adipogênica foi a que apresentou maior capacidade de diferenciação, entretanto foi observada uma diminuição progressiva do potencial de diferenciação ao longo das passagens. A aderência das ASCs aumentou de acordo com o número de passagens, já a clonogenicidade demonstrou uma diminuição com o tempo de cultivo e a taxa de expansão celular foi maior nas culturas de médio prazo. Comparando-se os resultados obtidos com estudos realizados com células-tronco mesenquimais de medula-óssea, verificou-se que as estas células apresentaram alterações na morfologia celular e redução da taxa de expansão de modo progressivo em relação com as ASCs. Além disso, as ASCs apresentam maior abundância por grama de tecido, facilidade de obtenção e menor morbidade para o doador.  Desta forma, a utilização para fins terapêuticos das ASCs é mais vantajosa, contudo, é interessante que elas sejam submetidas a culturas de curto e médio prazo.


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