Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Mestrado profissional e ensino: percepções dos mestrandos sobre suas práticas de leitura e escrita
Janaína Kollet, Maria Alvina pereira Mariante, Marlise Heemann Grassi, Silvana Neumann Martins, Rogério José Schuck, Miriam Inês Marchi, Andréia Aparecida Guimarães strohschoen, Laura Dresch Neumann, Tatiane Reginatto, Neuza Benelli Maccali

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


No Brasil, alguns pesquisadores têm demonstrando interesse em investigar sobre o procedimento de leitura e escrita dos acadêmicos. Recentes pesquisas mostram que os acedêmicos também apresentam dificuldades em produzir gêneros textuais de esfera acadêmico-científica, na modalidade escrita.  O objetivo desse estudo é descrever, a partir dos estudos de Lea e Street (1998), Ivani (2004) alguns obstáculos encontrados pelos mestrandos ao escreverem suas dissertações, não perdendo de vista as principais abordagens que tratam do tema, entre eles Marcuschi (2008), Tezza (2003), Britto (2003). Ao considerarmos os depoimentos dos acadêmicos, mestrandos, sobre suas práticas de leitura e escrita, é possível entender que os estudantes, no processo de apropriação do gênero textual discursivo acadêmico, depararam-se com diferentes dificuldades, tais como: o uso da língua, a organização argumentativa do discurso e nos aspectos formais da modalidade escrita , entre outras.  Nessa pesquisa, a metodologia investigativa adotou os contornos de pesquisa qualitativa (TRIVIÑOS, 2001), método investigativo que visa abranger a máxima amplitude na descrição, explicação e compreensão dos fatos. Os sujeitos desse estudo foram cinco acadêmicos, mestrandos, do Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas do Centro Universitário UNIVATES, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas – PPGECE, com suas experiências e perspectivas. As informações foram obtidas através de entrevistas semiestruturadas, realizadas com os cinco sujeitos da pesquisa. As entrevistas foram gravadas, transcritas e corroboradas pelos participantes, com o devido Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE assinado pelos mesmos. Seguiu-se um roteiro previamente elaborado, com o objetivo de manter o foco do estudo e, ao mesmo tempo, permitir a emergência de informações espontâneas e complementares. O tratamento das informações seguiu as orientações da análise textual discursiva (MORAES, 2003), que prevê a desconstrução dos textos e a consequente organização em unidades de análise ou unidades de sentido ou de significado. Dessa forma, as informações foram organizadas em categorias para a análise. Resultados sinalizaram para dificuldades na produção científica que esbarra na competência linguística, na competência comunicativa e na incipiente vivência científica e acadêmica. Há evidências de que alguns mestrandos, embora já façam parte de um programa de mestrado há algum tempo, mostram pouca familiaridade na utilização eficiente dos gêneros do discurso científicos.