Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Padronização de um método molecular para detecção de isolados de Mycobacterium tuberculosis resistentes a isoniazida
Melissa Rosa Souza, Graziele Lima Bello, Cristiana Alves Martins, Márcia Susana Nunes Silva

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


A tuberculose (TB), causada pela Mycobacterium tuberculosis (MTB), é uma das doenças infecciosas que mais mortes tem causado em todo o mundo, ocasionando anualmente mais de 2 milhões de óbitos e 8 milhões de novos casos. O diagnóstico precoce e o tratamento efetivo são as principais medidas de prevenção. O padrão ouro usado para o diagnóstico é o cultivo de bactérias, que apresenta um crescimento lento, em torno de 2 a 8 semanas. Por este motivo, o método para o diagnóstico utilizado é a baciloscopia, um método rápido e barato, porém pouco sensível. Esta situação proporcionou o desenvolvimento de métodos moleculares como alternativas para um melhor diagnóstico. Os métodos moleculares, por serem rápidos e com elevada sensibilidade, são capazes de amplificar e identificar o patógeno mesmo se houver apenas um bacilo presente na amostra. Em 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou a existência de 650.000 casos de tuberculose multidroga resistente (TB-MDR). Estes são resistentes aos dois fármacos mais eficazes no tratamento da doença: isoniazida (INH) e rifampicina (RIF). Os mecanismos de resistência aos fármacos em MTB são causados por mutações em diferentes genes da bactéria que se refletem nas proteínas envolvidas com a ligação aos fármacos. A resistência à INH está relacionada a uma variedade de mutações em um ou mais genes, como o gene katG que codifica a enzima catalase/peroxidase. O objetivo deste trabalho é a padronização de um método molecular para a detecção da resistência à INH através da mutação no gene katG (Ser315Thr) em isolados de MTB pelo método molecular de hibridização colorimétrica. Foram utilizadas 20 amostras de DNA extraído de cultura, provenientes de um banco de amostras do Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CDCT/FEPPS. A análise foi realizada com 10 amostras sensíveis a INH, 7 resistentes somente à INH e 3 resistentes a outros fármacos. Os DNAS extraídos foram amplificados por PCR, gerando um produto de 232 pb que foram visualizados sob luz ultravioleta em gel de agarose 1,5%, corado de brometo de etídeo. Estes amplicons estão sendo submetidos à técnica de hibridização colorimétrica onde as sondas para identificação dos genótipos selvagens e mutados no gene katG serão fixadas em uma membrana de nylon. O sinal de hibridização será visualizado quando houver correspondência perfeita entre a sonda e o produto de PCR ocorrendo formação de um precipitado de cor púrpura, conforme descrito no estudo de Verza et al (2008).