Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Ocorrência do SNP CGIL4 relacionado à resistência à mastite bovina em rebanhos leiteiros
Rachel Dias Molina, Débora Mara Kich, Tatiane Vendramin, Luiz Fernando Canazaro Trindade, Daniel Neutzling Lehn, Claucia Fernanda Volken de Souza, Adriane Pozzobon, Ivan Cunha Bustamante Filho

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


A mastite bovina é a principal patologia da glândula mamária e a maior causadora de prejuízos na produção leiteira. Sua etiologia é quase sempre relacionada a problemas de manejo sanitário e de ordenha. Entretanto, observa-se a existência de animais com maior ou menor resistência a mastite, mesmo quando fatores ambientais são controlados. O presente estudo tem como objetivo determinar a presença do polimorfismo de único nucleotídeo (SNP) CGIL4 associado à resistência à mastite em rebanhos de vacas holandesas. Para obtenção do DNA genômico, foram coletadas amostras de sangue de 36 vacas de segunda e terceira lactação de rebanhos tecnificados no Vale do Taquari, RS. O fenótipo de resistência à mastite foi determinado com base no histórico clínico das vacas. A identificação do SNP CGIL4 foi realizada através da técnica de PCR-RFLP. Para tanto, foram usando os seguintes primers E155F (5'-TGACGCAGAATCCAAAGTTAAAACA-3') e E155R (5'-GAGGAGGTGGCCGGTTCAGA-3') para a produção de um amplicon de 399 pb (Sharma et al., 2006). Utilizou-se a técnica de touchdown PCR com temperatura de anelamento de 60° C para amplificação do gene alvo, e o SNP foi identificado pela clivagem do gene com a enzima de restrição TaqI. A caracterização da presença do SNP foi determinada como homozigose GG (dois fragmentos de 125 e 235 pb) ou AA (dois fragmentos de 125 e 274 pb) ou heterozigose AG (três fragmentos de 125, 235 e 274 pb). A análise da clivagem foi realizada por eletroforese em gel de agarose 3%. A genotipagem GG foi considerada como resistente a mastite (Sharma et al., 2006). Os resultados parciais mostram que a análise estatística (teste Qui-quadrado), com nível de significância de 5% demonstrou que não houve associação entre os fenótipos e genótipos comparados. O genótipo mais freqüente observado foi GG (63,8%), seguido por AG com 27,7% e 8,33% AA. O presente resultado difere de outros estudos que apontaram AG como o genótipo mais freqüente. As freqüências alélicas foram 77,2% para o alelo G e 22,8% para o alelo A. Não foi encontrada associação entre os genótipos e fenótipos de resistência e susceptibilidade à mastite (χ2 = 1,125, p = 0,5699). O motivo da alta freqüência genotípica encontrada pode estar baseada na alta endogamia encontrada na raça holandesa. Estudos posteriores, com um número amostral maior, são necessários para se confirmar os resultados e esclarecer a relevância do marcador para a seleção contra a mastite.