Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Âmbitos e estilos de vida de adolescentes escolares no sul do Brasil: identificação de perfis relacionados à saúde
Deise Gabriela Frantz, Ítala Chinazzo, Mara Von Muhlen, Sheila Gonçalves Câmara, Denise Ganzo Aerts, Gehysa Guimarães, Lilian Palazzo

Última alteração: 23-10-2012

Resumo


Os estilos de vida voltados para a saúde presentes na adolescência podem consolidar-se de maneira definitiva no decorrer do ciclo vital do indivíduo. A adoção de comportamentos depende do resultado das interações do jovem com as suas circunstâncias peculiares de vida e a maneira como avalia tais interações em termos de sua vivência pessoal. O presente estudo, de base escolar, investigou as principais semelhanças e diferenças quanto a variáveis relativas a fatores individuais, a estilos de vida e a avaliação subjetiva da vida, na configuração de grupos com base nas respostas destas variáveis. Para tanto, parte de um modelo teórico que contempla aspectos e contextos significativos para os adolescentes escolares. Participaram do estudo 1210 escolares da Região Metropolitana de Porto Alegre que responderam integralmente aos instrumentos do estudo. Destes, 51,4% eram do sexo masculino e a idade variou de 12 a 19 anos (m=14,2; DP=1,02). Como instrumentos foram utilizados: o inquérito de dados sociodemográficos e o Comportamentos de Saúde entre Escolares (Wold, 1995). A coleta de dados foi realizada por bolsistas de iniciação científica, no contexto escolar, após aprovação das escolas e consentimento expresso dos pais dos alunos. Os dados foram analisados através de análise univariada para a descrição da amostra, e multivariada, Análise de Cluster (Hieráriquica e K-Means), que, a partir de uma série de variáveis, permite agrupar objetos baseado nos seus atributos em grupos. Foram identificados três perfis de jovens: um perfil de meninos que apresenta estilos de vida relativamente saudáveis (49,3%) e dois perfis de meninas. O primeiro aproxima-se mais ao dos meninos em termos de comportamento e saúde (25,5%) e o segundo revela meninas com comportamentos e saúde menos satisfatórios (25,2%), indicando um perfil de maior risco. As variáveis que determinam os perfis permitem considerar fatores de risco e proteção para a população de adolescentes escolares com base no modelo teórico integrativo de âmbitos de vida na população em estudo.