Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Obtenção de biodiesel de óleo de soja com blendas de metanol e etanol por metodologia TDSP.
Vinícius Oliveira Batista dos Santos, Diogo Müller de Oliveira, Luiz Antonio Mazzini Fontoura, Fabrício Fredo Naciuk

Última alteração: 23-10-2012

Resumo


Os combustíveis fósseis como carvão e petróleo produzidos de matéria orgânica, são não renováveis e tendem a se esgotar. Em 2007, as fontes fósseis representaram 80 % da energia consumida no mundo. Questões políticas, econômicas e ambientais levaram à busca de alternativas a partir de fontes renováveis que diminuíssem a dependência dos combustíveis fósseis. Na década de 70, o Brasil introduziu o projeto PROÁLCOOL, visando a produção de etanol industrialmente para uso em motores de ciclo Oto. Mais recentemente, foi criado PNPB, programa com o objetivo de substituir parcialmente o diesel fóssil por biodiesel. O biodiesel consiste em uma mistura de ésteres graxos obtidos através de uma reação de alcoólise de triglicerídeos utilizando um catalisador alcalino ou ácido. No Brasil, as fontes mais usadas de triglicerídeos são a soja e sebo. O Brasil domina a tecnologia para produzir etanol, mas quase todo o biodiesel produzido no país segue a rota metílica. O Biodiesel etílico tem como vantagens o maior número de cetano, menor tendência a se cristalizar a frio e maior lubricidade. Porém, a utilização de etanol é acompanhada de dificuldades experimentais levando ao biodiesel, normalmente, com pureza menor que a necessária. O objetivo deste trabalho foi verificar os resultados obtidos com o protocolo TDSP quando o MeOH é parcialmente substituído por EtOH. Foram realizadas transesterificações com MeOH e EtOH puros e suas misturas em diversas proporções. Um procedimento típico é descrito a seguir: 50 g de óleo de soja são pesados, introduzidos em um balão de 250 mL e aquecidos a 65 oC. A seguir, 24 mL de uma solução 0,25 mg mL-1 de KOH em MeOH são adicionados. A mistura é deixada em agitação por 1 h. A seguir, uma mistura de 36 mL do álcool e 1,5 mL de H2SO4 são adicionados. A mistura é agitada por 1 h adicional, filtrada e levada ao rotavapor para a remoção do excesso do álcool. A seguir, o biodiesel é separado da glicerina em funil de separação, lavado com água a 90 oC (2 x 50 mL) e, mais uma vez, levado ao rotavapor para a remoção dos voláteis. A pureza é determinada por CG-FID segundo a norma EN14103:2003. Quando EtOH foi usado em substituição ao MeOH, acréscimos molares de 50 % foram utilizados. A reação com MeOH puro levou ao biodiesel com pureza superior a 99 %. Qualquer substituição do álcool metílico por etílico levou à produção de biodiesel com pureza abaixo da necessária (96,5 %). Modificações ao protocolo original foram, a seguir, estudadas. O aumento da temperatura para 75 oC ou da quantidade de H2SO4 de 0,75 para 1,0 ou 1,25 % não levaram, entretanto, a resultados satisfatórios.