Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

Tamanho da fonte: 
CONCEPÇÕES DE PROFESSORES E ALUNOS DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO RS SOBRE A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO
Aline Mesquita Correa, Moacir Fernando Viegas

Última alteração: 23-10-2012

Resumo


Desde o meu ingresso como bolsista de iniciação científica no projeto Classe, Cultura e Formação na Teoria Crítica, sob a orientação de meu professor (coordenador do projeto), como parte das minhas atividades de bolsista, desenvolvi um subprojeto de pesquisa intitulado como CONCEPÇÕES DE PROFESSORES E ALUNOS DE UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA DO RS SOBRE A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO. Este projeto resultou em uma pesquisa que tem como foco central a problemática de interpretação das tecnologias existentes nos contextos escolares, pois no decorrer de pesquisas bibliográficas percebi que tecnologia não pode ser compreendida apenas pelo que se refere a comunicações e informações, mas também como um conjunto de fatores “abstratos” que, no entanto existem e são também tecnologias como, por exemplo, gestão democrática, conselhos escolares, currículo, avaliação por projetos e etc. Sendo, assim buscou-se saber e compreender como se dava o conceito de tecnologia a partir de como professores e alunos a percebiam em suas rotinas de ensino e aprendizagem, em uma escola municipal da rede publica de Santa Cruz do Sul. Para a coleta de dados e informações adotou-se a pesquisa qualitativa, cujo foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro professores de diferentes formações e questionários com os demais docentes, análise do projeto pedagógico da escola, anotações de campo, entrevistas com dez alunos e observações das salas de aula. Fazendo uma síntese dos resultados obtidos, foi possível constatar que as tecnologias presentes na escola, sob a concepção dos professores e alunos, são aquelas relacionadas às mídias, computadores, softwares, celulares, aparelhos de som e entre outras, o que segundo eles contribui para formação de um cidadão competente, socializado tecnológicamente com aptidões necessárias para suprir as exigências do mercado de trabalho. No entanto o mais interessante, é que a tecnologia não física, ou seja, aquela que existe, mas não está materializada, esteve também presente nas falas dos professores, quando, por exemplo, eles falaram que o trabalho na escola é organizado, no entanto os mesmos não percebiam em suas falas que muitas de suas vivências estão diretamente ligadas às tecnologias não físicas e que as mesmas estão inseridas ainda que forma subjetiva na sua forma de agir e pensar referente ao fazer pedagógico. Foi possível então, constatar que a tecnologia é compreendida apenas pela sua materialidade. As tecnologias não físicas presentes na escola, por exigirem de repente uma sensibilidade no olhar, não são vistas como tais, embora em alguns momentos sejam mencionadas, de forma inconsciente, por parte dos professores e alunos. Frente ao produto final de nossa pesquisa, consideramos importante pensar o mundo e algumas naturalizações que se fixam, não nos permitindo desconfiar de conceitos já estabelecidos e estáticos em uma sociedade que está em constante transformação.