Portal de Eventos da ULBRA., XVIII SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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Análise de polimorfismos do gene HLA-DRB1 em indivíduos infectados com Hepatite C no Rio Grande do Sul
Maria Rita Castilhos Nicola, Camila Portugal, Rafael Reis, Maria Laura Halon, Cintia Costi, Tarciana Grandi, Cláudia Maria Dornelles da Silva

Última alteração: 24-10-2012

Resumo


A hepatite C é uma doença infecciosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), constituindo-se em um grave problema de saúde pública, sendo a principal causa de hepatite crônica, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular em todo o mundo. A terapia padrão da infecção crônica pelo HCV baseia-se na administração combinada de Interferon-peguilado (IFN-PEG) e Ribavirina (RBV) durante 48 semanas para indivíduos infectados com HCV genótipos 1 e 4. Vários estudos tem demonstrado que polimorfismos no gene HLA-DRB1 estão associados com cura ou persistência da hepatite C, assim como com resposta virológica sustentada ao tratamento com IFN-PEG e RBV. O presente estudo tem como objetivo investigar a presença de polimorfismos no gene HLA-DRB1 correlacionando-os com resposta ao tratamento em pacientes infectados pelo HCV. A população estudo é composta por 139 indivíduos com HCV genótipo 1 (86 homens e 53 mulheres, com idade média de 47 anos), tratados no Centro de Aplicação e Monitorização de Medicamentos Injetáveis, localizado em Porto Alegre/RS. Os polimorfismos do gene HLA-DRB1 foram analisados através da técnica de PCR e hibridização com oligonucleotídeos específicos (SSO-PCR, OneLambda) em um citômetro de fluxo (Luminex). Cerca de 5ml de sangue total foram colhidos de cada indivíduo. As extrações de DNA foram realizadas com kit comercial, segundo instruções do fabricante (Macherey-Nagel). As freqüências alélicas foram comparadas com os genótipos de um grupo controle composto por 5.000 doadores voluntários de medula óssea da população do Rio Grande do Sul (artigo publicado). Dos 13 alelos encontrados, o alelo *04 apresentou freqüência maior (16,7%) e estatisticamente significante no grupo de indivíduos com HCV em relação ao grupo controle (p = 0,04). Esses resultados são corroborados por outros estudos. As frequências dos alelos encontradas ainda serão comparadas com resposta ao tratamento com IFN-PEG e RBV e outras variáveis clínicas, bioquímicas e virológicas.