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Correlação dos Níveis Séricos de Ferritina com escores da Escala de Coma de Glasgow (GCS) em vítimas de Traumatismo Crânio Encefálico Grave
Larissa Riva Roman, Marcio Torikachvili, Josi Mara Nicol, Daniel Simon, Andrea Pereira Regner

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


O traumatismo crânio-encefálico (TCE) representa a principal causa de morte e morbidade nos indivíduos jovens. Apesar do impacto do TCE na Saúde Pública, não existem marcadores prognosticos ou fármacos efetivos para o manejo do TCE grave. O ferro é essencial para a biologia celular, contudo o excesso de ferro livre pode contribuir para a progressão da lesão neural traumática. A ferritina exerce papel central na regulação do ferro intracelular, podendo modular respostas celulares envolvendo processos inflamatórios e estresse oxidativo. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar se os níveis séricos de ferritina se correlacionam com a mortalidade de vítimas de TCE grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foram incluídos neste estudo prospectivo 69 homens adultos vítimas de TCE grave (GCS 3-8 na admissão hospitalar). As variaveis clínicas investigadas foram: mortalidade da UTI; escore da GCS na admissão hospitalar e o tipo de TCE grave (isolado ou associado ao politrauma). Foi realizado ensaio imunoturbidométrico para detecção dos níveis séricos de ferritina. A concetração sérica média de ferritina nas vítimas de TCE grave foi de 324,8 microg/L. Houve diferença significativa entre os níveis séricos de ferritina nos grupos de sobreviventes (289,5 microg/L) e de não sobreviventes (376,5 microg/L) (p=0,042). Ainda, houve correlação entre níveis mais elevados de ferritina sérica e o desfecho fatal (p=0,032). Também foi verificada correlação entre níveis mais altos de ferritina e escores mais baixos na GCS na admissão hospitalar (p=0,049). Contudo, não houve correlação entre os níveis séricos de ferritina e o tipo de TCE grave (isolado ou associado a politrauma) (p=0,724). Em suma, o presente estudo verificou correlações entre níveis de ferritina sérica elevados e tanto o desfecho fatal quanto escores mais baixos na GCS na admissão hospitalar nas vítimas de TCE grave, independentemente do tipo de TCE.