Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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LINHAS ENTRE MOVIMENTOS
Henriqueta Cristina Althaus Moutinho

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


O presente estudo é resultado parcial das atividades de bolsista de iniciação científica do projeto de pesquisa O currículo em espaços escolarizados e não escolarizados no Brasil e na Colômbia: diferentes relações com o ensinar e o aprender, vinculado ao Mestrado em Ensino/Univates e do sub-projeto Espaços e movimentos do currículo: entre o escolar/não escolar e o escolarizado/não escolarizado, aprovado pelo Edital Universal MCTI/CNPq 14/2013, desenvolvidos pelo Grupo de pesquisa Currículo, espaço, movimento (CEM), cadastrado no Diretório de pesquisa do CNPq. Articulada aos pensamentos de Michel Foucault, Roland Barthes e Gilles Deleuze, essa pesquisa tem como objetivo investigar os movimentos escolarizados e não escolarizados em quatro espaços: dois escolares (uma escola no Sul do Brasil, uma escola na Colômbia), e dois não escolares (uma ONG localizada na cidade de Lajeado/RS/Brasil e uma fundação de arte em Porto Alegre/RS/Brasil). A presente escrita trata dos movimentos produzidos em um dos espaços pesquisados - a escola do sul do Brasil - e a maneira como a bolsista foi se inserindo na pesquisa. A todo o momento somos atravessados por linhas de vida, essas linhas podem ser duras, flexíveis ou de fuga, por isso, busca-se investigar e costurar as linhas que podem ser traçadas na escola procurando fazer relações com os movimentos escolarizados e não escolarizados nesses existentes. Através de um olhar sensível, foram realizadas as aproximações com o espaço por meio de análises de materiais já coletados, como entrevistas transcritas, diários de bordo, leitura do regimento da escola, agenda do aluno e do professor. Então, lança-se um desafio: experimentar alguns movimentos cartográficos. A cartografia não busca entendimentos nem traça mapas pré-estabelecidos. Ela procura mergulhar na geografia dos afetos, possibilita dar vida às expressões, tornando a linguagem um tapete voador. Nesse movimento de aproximação da cartografia torna-se necessário participar, não basta apenas analisar os materiais buscando significados, mas afetar e ser afetada, possibilitando um encontro entre o espaço e a entrega, constituindo sentido para o território, para a pesquisa. Não houveram metas pré-estabelecidas, à medida que envolvemo-nos com a pesquisa, experimentando um mundo até então novo, com perspectivas muito diferentes das quais se está acostumada, a curiosidade foi aumentando. Esse estudo encontra-se em fase inicial e pretende contribuir para a pesquisa na tentativa de encontrar na cartografia das linhas, possibilidades de movimentos não escolarizados, em um espaço escolar. 


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