Portal de Eventos da ULBRA., XX SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

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MÍDIA IMPRESSA E CONSTRUÇÃO DE EXPECTATIVAS RELACIONADAS ÀS BIO(TECNO)LOGIAS POR JOVENS DO ENSINO MÉDIO
Gabriela Dalla Costa, Daniela Ripoll

Última alteração: 17-10-2014

Resumo


Expectativas e promessas futuristas relacionadas ao corpo e à natureza são produzidas em abundância tanto pelos meios de comunicação (jornalistas, editores, empresas de comunicação, etc.) quanto pelos cientistas (em artigos, comunicações, entrevistas aos públicos leigos, etc.). Tais expectativas são ideias poderosas, às vezes sem nenhuma materialidade, forjadas e mantidas através de diversas práticas discursivas. O objetivo deste trabalho, que faz parte de uma pesquisa mais ampla intitulada “Biofantasias, biomanias, bioforias: as pedagogias da mídia e a construção das ‘políticas da expectativa’ na contemporaneidade”, de autoria de Daniela Ripoll (PPGEDU-ULBRA) e financiado pelo CNPq, é verificar como jovens entre 15 e 17 anos matriculados em uma escola de Ensino Médio de Porto Alegre (RS) posicionam-se frente a imagens e textos midiáticos diversos que enfatizam o corpo e a natureza, e como tais imagens e textos participam da criação e/ou da manutenção de determinadas expectativas em torno de suas vidas, sonhos, desejos, aspirações, etc. Os referenciais teóricos que orientam o estudo são os Estudos Culturais da Ciência e Tecnologia (LATOUR E WOOLGAR, 1997; LATOUR, 2001; 2002; WORTMANN E VEIGA-NETO, 2001; PETERSEN, 2011), os Estudos de Mídia (GIROUX, 1995; 2003; KELLNER, 1995; 2001; HALL, 1997; FISCHER, 1999; 2001; STEINBERG & KINCHELOE, 2004) e os Estudos de Recepção (HALL, 2003). Ao longo do segundo semestre de 2014 serão realizados três grupos focais nos quais os textos midiáticos já coletados em etapas anteriores da pesquisa (oriundos de exemplares da revista VEJA) propiciarão momentos de leitura, conversa e discussão com os estudantes. Tais momentos serão registrados em vídeo para posterior decupagem e análise das falas e interações. O trabalho encontra-se em andamento e ainda não apresenta resultados, mas espera-se que ele sirva de modelo para a observação, a investigação e a discussão em profundidade dos possíveis efeitos do espetáculo bio(tecno)lógico produzido pela mídia nas práticas pedagógicas, no dia-a-dia escolar e na constituição das subjetividades.