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UTILIZAÇÃO DE UMA REDE NEURAL PARA PREDIÇÃO DOS INDICES DE CRIMINALIDADE DO MUNICIPIO DE FORTALEZA, ESTADO DO CEARÁ
Dulce T. Heineck

Última alteração: 05-09-2017

Resumo


 

UTILIZAÇÃO DE UMA REDE NEURAL PARA PREDIÇÃO DOS INDICES DE CRIMINALIDADE DO MUNICIPIO DE FORTALEZA, ESTADO DO CEARÁ

Aluno: Wesley Barbosa da Silva[1]

Orientador: Me. Jones Fernando Giacon[2]

 

INTRODUÇÃO

Nas áreas do Direito, Economia, Sociologia e a Psicologia abordam esta temática com diferentes perspectivas e desenvolvem várias teorias que tentam explicar suas origens, causas, fatores que influenciam e até de determinar quais os indivíduos mais suscetíveis a adotar práticas ilícitas. Porém mesmo sendo esta, uma problemática pesquisada por variados campos de estudo, em linhas gerais é possível afirmar que elas concordam que a criminalidade é um fenômeno social que culminam em práticas e condutas que transgridam as normas aceitas pela sociedade. Para Lobo e Fernandez (2005), o avanço e crescimento da criminalidade acarreta um gasto expressivo para a sociedade, pois impede o desenvolvimento normal das atividades econômicas, prejuízo que não ocorre somente quando bens privados são perdidos em roubos ou quando um particular tem gastos com segurança própria, mas em especial no momento em que recursos e agentes econômicos legais passam para o setor ilegal da economia deixando de gerar bens e riquezas que poderiam ser utilizados em favor de toda sociedade, sem contar também que a criminalidade ocasiona em uma deterioração da qualidade de vida de qualquer comunidade basicamente pelos danos morais e pelas vidas que ela invariavelmente ceifa.

Dantas (2008), explica que no contexto criminal, a expressão padrão corresponde a uma característica da ocorrência de um determinado delito, em que pelo menos uma mesma variável daquela ocorrência se repete em outra, ou em outras ocorrências ao longo do tempo. A categoria da variável repetida pode ser o dia da semana, hora, local, tipo de vítima, descrição do autor, modus operandi ou outra variável qualquer da ocorrência sob análise. Já a tendência indica uma propensão quantitativa geral de um fenômeno da segurança pública, como é o caso de um delito especifico. Tal propensão deve ser verificada ao longo de uma área geográfica e séries históricas extensas o suficiente para que a tendência possa ficar confiável.Em linhas gerais a análise criminal visa elucidar as origens da criminalidade, seus fatores de influência, meio em que ocorre, principais indivíduos predispostos a atividade delituosa implementando ações que visam interferir na causa em si diminuindo ou liquidando assim os efeitos, procedimentos básicos que já são implementados pela administração estatal em decorrência das análises criminais e de pesquisas, são os investimentos em educação, ações sociais e profissionalização de jovens em comunidades mais carentes para que tenham maior acesso a oportunidades no mercado de trabalho.É dever do Estado busca solucionar o problema da criminalidade que esta arraigada no meio coletivo, com finalidade de desfazê-la ou ao menos diminui-la aparentemente existem duas abordagens fundamentais são empreendidas pelo meio público. A primeira alcança em um primeiro momento os efeitos finais da criminalidade que seriam as aberturas de investigações após o fato ocorrido, prisões dos acusados de delitos, e punição dos mesmos, esta não aparenta ser tão eficaz visto que não encerra o ciclo da violência, pois os fatores iniciais que culminaram no crime continuam subsistindo. Uma segunda abordagem é a da análise criminal que segundo Ferro (2006) é um mecanismo em que as policias identifica, avaliam, acompanham sistematicamente o padrão e as tendências da criminalidade em massa que tem como aplicação central o suporte tático, estratégico e administrativo dos agentes de segurança para a melhor previsão, prevenção e repressão do crime e da violência.Sem dúvidas a criminalidade é uma adversidade que aflige qualquer grupo social (DURKHEIM, 1993) e incalculáveis, pois como se mede, por exemplo, o sofrimento emocional de uma família que perde um pai por conta de um roubo seguido de um assassinato? Porém devemos ter mente ao explorarmos este campo, que este problema não é característico apenas de nossa sociedade brasileiro sendo também um fenômeno verificado no mundo todo, e que, além disso, impacta no desenvolvimento econômico e social, como afirma Araújo (2007). Da mesma forma que os grandes centros urbanos a cidade de Fortaleza município do Estado do Ceará, possui o já referido problema da criminalidade e igualmente as suas indesejáveis consequências, portanto esta pesquisa se torna relevante pois além de analisar dados referentes aos crimes já cometidos e a sua variação no tempo, ela se proporá a comparar duas abordagens de predição de dados gerando assim informações interessantes sobre a variabilidade futura da criminalidade em Fortaleza.No que tange aos dados que serão utilizados na pesquisa, os mesmo serão coletados no site da secretaria de segurança pública de Fortaleza, do período referente ao ano 2015 trabalhando-se os meses de Janeiro, Fevereiro, Abril, Maio, Junho, Julho, Agosto e Setembro relativos aos crimes de roubo, furto e homicídio de forma categorizada.

 

OBJETIVO

Analisar e organizar o número de ocorrências de roubos e homicídios ocorridos no município de Fortaleza nos períodos de janeiro a setembro de 2015, para realizar predição dos mesmos comparando os resultados reais com resultados obtidos através de redes neurais e técnica estatística de regressão.

METODOLOGIA

Os dados da série histórica serão extraídos do site oficial da secretaria de segurança pública do município de Fortaleza no estado do Ceará, o mesmo foi escolhido devido ao mesmo dispor com clareza e em boa quantidade base de dados significativa acerca de índices de criminalidade. Para os testes será testada uma rede neural utilizando para o treinamento desta, entradas com valores semanais ao longo do período de 6 meses sendo testado  a validade do teste com os dados do sétimo mês, para concluir se o modelo é valido para dados reais será utilizado dados semanais do oitavo mês para predição real da amostra do último e nono mês para os teste será usado o software Matlab versão 2016,  para o teste de predição da regressão será utilizado os valores semanais do período de janeiro a outubro sendo os dados de setembro utilizados para fazer a validação da técnica para testar e aplicar a técnica de regressão será utilizado o software SPSS versão 2016. Ao final dos testes será comparado com os valores reais o erro absoluto e o erro quadrático médio das duas técnicas de predição utilizadas, afim de concluir qual se mostrará mais eficiente.

CONCLUSÃO

No presente trabalho será abordado os modelos redes e de regressão. A análise dos mesmos para fins de predição de uma série temporal com base em dados de criminalidade irá gerar dados com valor futuro de qualidade para a execução de projetos e ações na área de segurança de qualquer município.

Referências

ARAÚJO, Adriano Firmino V. de. Estimativa da Perda de Bem Estar Causada Pelo Crime a cidade de João Pessoa. Recife: Tese (Doutorado em Economia) – Universidade Federal de Pernambuco, 2007. Disponível em: <http://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3930>. Acesso em: 12 mar. 2015.

 

DANTAS, George Felipe de Lima; SOUZA, Nelson Gonçalves de. As bases Introdutórias da análise Criminal na Inteligência Policial. Belo Horizonte: Núcleo de Estudo e Pesquisa em Segurança Pública e Defesa Social da UPIS Faculdades Integradas.2004.

Disponível em: < http://www.fafich.ufmg.br/ceig/?screen=article&aid=46>. Acesso em: 11

mar. 2015.

 

DURKHEIM, Emile .As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Cia.Nacional, 1993

 

FERNANDEZ, José Carrera; LOBO, Luiz Fernando. A Criminalidade na Região Metropolitana de Salvador. Porto Alegre: Faculdade de Ciências Econômicas, UFRGS, 2000.

Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/article/view/10816>. Acesso em: 14 mar. 2015.

 

FERRO, Alexandre Lima. Inteligência de Segurança Pública e Análise Criminal. Revista Brasileira de Inteligência. Brasília: Agência Brasileira de Inteligência, 2006.

Disponível em: < http://www.abin.gov.br/modules/mastop_publish/files/files_4603bcdce2210.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2015.

 


[1] Acadêmico do oitavo período do curso de sistemas de informação do CEUJI/ULBRA – wesleybarbosapro@gmail.com

[2]Mestrando em Ensino de Ciênciase Matemáticapela ULBRA-Canoas – jfgiacon@gmail.com