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Reconhecendo espécies nativas e exóticas e a sua relevância na Educação Ambiental: práticas educativas no Ensino Fundamental e no Ensino Médio
Daniela da Fonseca, Mariana de Souza Proença, Joel Oliveira da Costa, Rossano André Dal-Farra

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


No início da globalização, com a tomada de novas terras por europeus, diversas espécies foram sendo introduzidas em locais diferentes daqueles nos quais se originaram, ora por objetivos econômicos, ora por eventos acidentais. Com isso, atualmente há uma dificuldade nas pessoas associarem as diferentes espécies existentes no lugar onde residem, como sendo espécies que realmente provêm daquela região ou como espécies que foram introduzidas pelo homem no local. Nessa perspectiva, o trabalho em questão tem como objetivo analisar o conhecimento dos estudantes em relação a esta temática, tanto de animais como de plantas em relação aos biomas gaúchos. Os dados obtidos no trabalho em questão foram provenientes da aplicação de instrumentos de coleta de dados a estudantes de ensino fundamental e médio, além da apresentação de imagens das espécies acompanhadas de seus nomes técnicos e populares. Os dados qualitativos foram analisados por meio da Análise de Conteúdo e os demais com base nas ferramentas da Estatística Descritiva e, quando necessário, da Estatística inferencial. Os resultados demonstraram que, embora os estudantes conhecessem boa parte das espécies, havia dificuldade em reconhecer parte delas como nativas ou exóticas. Os percentuais de acerto obtidos variaram muito entre as espécies e as causas para tais variações foram múltiplas. Foi verificada, por exemplo, a associação entre “nativo” e “conhecido” ou “próximo”.  Em relação à definição de exótico, observou-se que os estudantes entendiam este conceito como espécies diferentes ou raras. Foi solicitado, também, que os estudantes indicassem o nome de três espécies de animais que eles não consideravam serem nativas e nisso, percebeu-se que, tanto os alunos do ensino fundamental, quanto os alunos do ensino médio, indicaram a onça, o puma e o macaco-aranha. Da mesma forma, o puma foi indicado como exótico provavelmente por ser um felino selvagem e difícil de ser encontrado. Em relação às plantas, o ingá ferradura e a timbauva foram as espécies que a maioria dos alunos do ensino médio desconhecia serem exóticas, enquanto no ensino fundamental, as mais citadas foram o butiá e a jabuticaba. No ensino médio, ao serem perguntados em relação ao que mais havia chamado à atenção na oficina, a maioria dos estudantes mencionou a questão do conhecimento em relação às espécies nativas e exóticas. Já no ensino fundamental, a maior parte dos estudantes citou o conhecimento em relação a espécies nativas ou exóticas. Uma parcela menor dos estudantes preferiu citar nomes científicos de espécies, as espécies bioinvasoras e a importância da execução deste trabalho em práticas educativas do ensino fundamental e médio. Depreende-se que estudos desta natureza contribuam de forma efetiva para o Ensino de Ciências e para que os estudantes compreendam melhor a relevância de conhecer as espécies que habitam o seu entorno, assim como da importância das relações ecológicas entre elas.


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