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Avaliação da citotoxicidade de extratos de Baccharis articulata em células L929
Larissa Gais Flores, Bruno Paiva dos Santos, Lucimara Nardi Comunello, Nance Beyer Nardi, Grace Gosmann, Melissa Camassola

Última alteração: 22-10-2014

Resumo


Baccharis articulata é uma spécie nativa da América do Sul e popularmente conhecida como carqueja, é amplamente utilizada, segundo a medicina popular, para combater problemas digestivos e hepáticos. Esta espécie é membro da família Asteraceae, é importante na descoberta de novos produtos de origem natural com potencial terapêutico e estudos farmacológicos baseados nas suas propriedades anti-inflamatória, antioxidante, antimicrobiana e antifúngica. O objetivo deste trabalho é avaliar o potencial citotóxico de extratos de Baccharis articulata. No experimento foram utilizadas células L929, fibroblastos de camundongos, estas células são cultivadas in vitro em meio específico a 37ºC. Após a tripsinizadas, centrifugadas e contadas por meio da Câmara de Neubauer, as células foram plaqueadas em uma densidade de 104cels/poço em uma placa de 96 poços. Depois de 24h de incubação, foram adicionados os extratos nas concentrações de 200 ug/ml, 600 ug/ml e 1000 ug/ml, todos os extratos diluídos em DMSO. As células ficaram em contato com os extratos por 24h e 48h. Para avaliar a atividade metabólica das células foi aplicada a técnica do MTT e a leitura dos resultados foi feita em espectrofotômetro. Nos experimentos foi definido um grupo controle, células em meio sem adição de extrato, a leitura da absorbância deste grupo foi usado com viabilidade celular de 100%. No período de 24h, na concentração de 200 ug/ml, o Extrato nº 1 (extrato bruto hidroetanólico) apresentou em média 43% de citotoxicidade; o Extrato nº 2 (saponina): 44,6%; e o Extrato nº 3 (flavonóides): 42,1%. Na concentração de 600 ug/ml, o Extrato nº 1 apresentou 52,8%; o Extrato nº 2: 58,1%; e o Extrato nº 3: 80,4%. Na concentração de 1000 ug/ml, o Extrato nº 1 apresentou 69,2% de citotoxicidade, o Extrato nº 2: 94,7% e o Extrato nº 3: 88,6%. Para assegurar que a citotoxicidade não é devido o solvente DMSO, testamos as mesmas quantidades de solvente no meio de cultivo. Em 2% de DMSO (200 ug/ml de extrato), a citotoxicidade foi de 36,7%; em 6% (600 ug/ml de extrato) foi 53,5% de citotoxicidade; em 10% (1000 ug/ml de extrato) 60,6% de citotoxicidade e em 20% de DMSO a citotoxicidade alcançou 99,5%. Nossos resultados parciais sugerem que, para 24 h, a concentração máxima testada de extratos vegetais que não alcança LD50 é 200 ug/ml. As perspectivas deste trabalho são testar mais tempos de exposição de células L-929 aos extratos e testar outras concentrações de extratos. Se a tendência de citotoxicidade (LD50 próxima a 200 ug/ml) se mantiver ao longo do tempo de exposição aos extratos, pretendemos testar menores concentrações de extratos na diferenciação de células-tronco mesenquimais humanas. Alguns componentes destes extratos, como a quercetina (um tipo de flavonóide), afetam a osteogênese inibindo a reabsorção óssea em humanos, podendo ser aplicada na prevenção de doenças ósseas como osteoporose pós-menopausa.


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