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CONSEQUÊNCIAS DA EXPOSIÇÃO DE PHASEOLUS VULGARIS A DIVERSOS TIPOS DE ESTRESSES AMBIENTAIS
Alessandra da Rosa Kirsch, Bruno Quevedo De Souza, Carlos Enrique Alves Melo, Caroline de Souza Avila, Taciane Regina Mattos Denck, Priscilla da Silva Kiscporski

Última alteração: 30-09-2016

Resumo


O feijão (Phaseolus vulgaris) é uma dicotiledônea da família Fabaceae. É a leguminosa mais cultivada e consumida no Brasil. As plantas possuem várias substâncias conhecidas como hormônios vegetais, que auxiliam no seu desenvolvimento, ciclo cicardiano e programação genética. A análise das reações de plântulas aos estresses ambientais é uma forma prática de estudo da influência desses hormônios e de outros fatores no desenvolvimento do vegetal. Assim, este estudo visa desvendar os fenômenos ocorridos com o feijão quando submetido a diferentes estresses ambientais. Desse modo, foram cultivadas cinco plantas aos tratamentos: muita água, pouca água (ambas estresse hídrico); exposição ao sal no primeiro, oitavo e décimo quinto dias; geotropismo e ausência de luz. A avaliação ocorreu durante 17 dias e as plântulas foram regadas a cada três dias. Já as expostas ao sal tiveram a exposição apenas uma vez, de acordo com o tratamento. Ao longo do experimento, os feijões foram avaliados. Em relação aos feijões sem luz, três amostras germinaram e apresentaram caules longos, brancos e finos, o que pode ter ocorrido pela ausência da fotossíntese, obrigando a planta a procurar a luz solar - processo denominado ápice caulinar e estimulado pelas auxinas, provocando o alongamento celular, e pelas giberilinas, que estimulam o crescimento e a divisão das células. Das plântulas expostas ao geotropismo, apenas uma se desenvolveu, com o caule crescendo no sentido oposto à força da gravidade, caracterizado como geotropismo negativo, fenômeno dependente da concentração de auxinas. No tratamento relacionado à escassez de água, três sementes continuaram em dormência, devido à falta de umidade para amolecer e romper a casca. Nas que germinaram, não houve água suficiente para mobilizar as reservas energéticas para o crescimento do embrião, gerando plântulas pouco desenvolvidas. Já as sementes expostas ao excesso de água permaneceram em dormência devido à falta de oxigênio nas células embrionárias. As sementes com sal desde o primeiro dia, mofaram antes de germinar; das expostas ao sal ao oitavo dia, quatro germinaram de forma deficiente. Já as plântulas expostas ao sal com quinze dias, apresentaram maior desenvolvimento até a adição do soluto. Após a adição de sal, as plântulas desidrataram, murcharam e morreram. A explicação desse fenômeno está no fato de que a presença de sais nas soluções impediu as plantas de absorverem a água, mesmo em um solo úmido. Muitas plântulas mofaram pela umidade e ausência de sol em período integral, devido à cobertura vegetal proporcionada pelo horto florestal da escola ou ao excesso de umidade, nos casos dos tratamentos com NaCl. Concluímos, assim, que cada fator ambiental ao qual uma semente ou plântula é exposta, pode influenciá-la de diferentes formas na germinação e crescimento dos feijões devido a hormônios e outros fatores que agem sobre elas.


Palavras-chave


feijão, Phaseolus vulgaris, hormônios, estresses

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