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CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DE REVESTIMENTOS DE TiO2 DOPADOS COM CROMO EM AÇO INOXIDÁVEL
Isadora Nunes Rebelo, Rogério Santejano, Ester Schmidt Rieder

Última alteração: 30-09-2016

Resumo


As causas da corrosão em diversos meios têm sido amplamente investigadas, não havendo um único fator estabelecido que defina o mecanismo do processo corrosivo. Para o aço inoxidável, a resistência à corrosão pode ser aumentada, controlada e ou reduzida por tratamentos de superfícies mecânicos, eletroquímicos e químicos. O TiO2 é um óxido polimórfico, podendo existir em três formas cristalográficas: anatásio, rutilo e brookita. Ele apresenta boas propriedades físicas, que o tornam adequado para aplicações em filmes finos e, juntamente com sua excelente estabilidade química associada às suas propriedades elétricas, também o torna atrativo como revestimento protetor à corrosão. Para ampliar essa característica, nanopartículas de TiO2 têm sido dopadas com metais de transição. Neste estudo, foi realizada a caracterização estrutural dos revestimentos sintetizados, não dopados e dopados com 0,5, 1 e 3% de cromo, empregados em corpos de prova do aço inoxidável AISI 316. Para os revestimentos, os corpos de prova foram submetidos a uma, duas e três imersões nas soluções sintetizadas. Os revestimentos foram caracterizados utilizando as técnicas de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e Difração de Raios X (DRX). Nas imagens de MEV, observou-se que os revestimentos não dopados e dopados com 0,5% de cromo, submetidos a uma imersão na solução de revestimento, revelaram uma estrutura descontínua, mas coesa e aderente ao substrato. Já para duas e três imersões, os revestimentos não dopados apresentaram-se irregulares, com formação de multicamadas, enquanto que os dopados exibiram a formação de estruturas circulares. Os revestimentos dopados com 1% de cromo para uma, duas e três imersões e dopados com 3% de cromo, até duas imersões, promoveram uma melhor cobertura ao substrato, apresentando um filme sólido e homogêneo. A terceira imersão no revestimento dopado com 3% de cromo resultou em filmes aderentes ao substrato, mas com uma estrutura descontínua. O espectro de DRX do revestimento de TiO2 não dopado com cromo revelou a presença de ambas as fases polimórficas do TiO2, rutilo e anatásio. Os revestimentos de TiO2 dopados com 0,5 e 1 % de cromo apresentaram picos da fase anatásio com intensidade superior à do rutilo, já o revestimento de TiO2 dopado com 3% de cromo apresentou a fase rutilo com maior intensidade em relação ao anatásio. Os espectros também revelaram que os picos de difração de ambas as fases polimórficas tendem a alargar com o aumento do teor de cromo (a partir de 0,5% a 3,0%) no revestimento. Este aspecto tem sido associado ao tamanho do cristalito. O teor crescente de cromo, associado ao TiO2, dificultaria a coalescência de cristais vizinhos, suprimindo o tamanho de cristalito durante o processo de tratamento térmico.


Palavras-chave


dióxido de titânio; revestimento; corrosão; cromo.

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