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Violência contra a mulher: um reflexo dos estereótipos de gênero?
Eduarda Oliveira Lemes

Última alteração: 17-09-2017

Resumo


Atualmente, casos de violência contra a mulher estão presentes de forma intensa na nossa sociedade e divulgados na mídia, pois a partir da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), as denúncias de casos de violência doméstica aumentaram e passaram a ser mais difundidas. Uma das crenças mais conhecidas e de senso comum é a de que homens seriam naturalmente violentos e que a violência contra a mulher está relacionada a esse fator. Essa informação constitui um dos estereótipos de gêneros mais conhecidos na nossa sociedade. Dessa forma, tomando como base essas informações, nossa pesquisa pretende investigar se os estereótipos de gênero exercem alguma influência nos casos de violência contra a mulher. E, a partir dos nossos estudos, também buscamos estimular de alguma forma a mudança de atitudes e comportamentos machistas, além de divulgar questões sobre igualdade de gêneros. Para isso, nossa pesquisa foi estruturada numa investigação teórica sobre violência doméstica, segundo a lei 11.340/2006, além de pesquisas sobre estereótipos de gênero e estudos feministas. Após a etapa teórica, foi desenvolvido um questionário formado por seis questões com a finalidade de constatar respostas contra ou a favor sobre as generalizações que os indivíduos fazem sobre comportamentos masculinos e/ou femininos: 1) Em sua opinião, os homens devem controlar suas emoções mais do que as mulheres? 2) Você concorda que as mulheres devem sempre sentar com as pernas fechadas e os homens não? 3) As mulheres têm que ser aptas a realizar as tarefas domésticas mais que os homens? 4) Há brinquedos específicos para meninos e meninas? 5) Os assédios recebidos pelas mulheres na rua estão relacionados com a roupa que ela está usando (roupas justas e/ou curtas)? 6) Você concorda que a mulher soubesse “se comportar” haveria menos estupros no Brasil? O questionário foi aplicado em conjunto com a entrega de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para cinquenta pessoas (vinte e oito homens e vinte e duas mulheres, entre dezoito e cinquenta e oito anos). A pesquisa foi registrada em caderno de campo e após a aplicação do questionário, os dados foram tabulados e analisados parcialmente. Como resultados parciais, está evidente que: as pessoas mais velhas e com maior grau de instrução têm a visão mais aberta sobre os estereótipos de gênero;  os mais jovens, independente do nível de escolaridade, responderam “não” a todas as questões, também se mostrando mais abertos para o assunto, enquanto os mais velhos (a partir dos 30 anos) indicaram mais respostas “sim” (machistas). Nesse sentido, os resultados apresentados até o momento mostraram que as pessoas entrevistadas estão repensando a posição da mulher na sociedade, desmistificando os estereótipos de gênero que estão mudando pouco a pouco, com o passar do tempo.


Palavras-chave


estereótipos de gênero; violência contra a mulher; igualdade entre gêneros

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