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A MENINA QUE FALA COM OS OLHOS
Caroline Peglow da Costa, Diovana Stracioni Melo Garcia, Paola Olsieski Nunes, Stefani Borba Maier França, Virginia Andriotti da Silva, José Filipe de Quadro Nunes

Última alteração: 27-10-2019

Resumo


A proposta de ‘A menina que fala com os olhos’ veio por meio do desejo de abordar a inclusão dentro da escola e sociedade escolar, tendo como base a vivência acadêmica, profissional e pessoal das pesquisadoras e dos coordenadores. Sabe-se que em sua maioria, os professores buscam utilizar a literatura infanto-juvenil como apoio para os assuntos que desejam abordar, visto que assim, podem trabalhar de forma mais lúdica e atrativa, principalmente na educação infantil e anos iniciais.

 

Quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara sentimentos que tem em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinarem infinitos assuntos. (ABRAMOVICH, 1997, p. 17)

 

O projeto/livro tem como objetivo proporcionar/possibilitar a conversa sobre sentimentos e, ao mesmo tempo, apresentar uma personagem de inclusão, fazendo com que crianças de situações semelhante a heroína da história, sintam-se representadas. Para a realização da pesquisa e escolha sobre o assunto a ser abordado, inclusão e sentimentos, pesquisamos, lemos e analisamos diversos livros infantis, vendo que em sua maioria nos apresentam um universo utópico e possuem poucos personagens principais de inclusão, seja eles com alguma necessidade física ou de etnia diferente. De acordo com Lima:

 

A literatura infantil vem se destacando como uma forma eficaz de debater a inclusão, pois durante o processo imaginativo, a criança tem a oportunidade de criar de forma prazerosa e de experimentar sensações e sentimentos que revelam sua visão sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre suas atitudes.

O livro foi inspirado em uma menina que é de grande importância para o grupo de pesquisa Soma, ela foi muito mais que o nosso estímulo para a obra literária, serviu de exemplo e com muita garra, nos mostrou que a inclusão pode acontecer na prática do dia-a-dia, ser vista como um ato normal, que deveria ser costumeira, assim todos viveriam melhor e o respeito seria mútuo.

As histórias normalmente trazem vivências com personagens de um mesmo padrão físico, levando uma visão para as crianças de que as pessoas devem ser magras, ter todos os membros físicos, e todas aquelas características padronizadas como normais para a sociedade, para quebrar esse tabu, o livro traz a proposta de que a personagem principal não se comunica usando as normas padrão da língua portuguesa, ela perpassa isto, a sua comunicação é feita através do seu olhar, aquele olhar que somente quem sente um afeto por ela, a entende. Outro ponto levantado para a inclusão é que a protagonista é cadeirante, visto que ela não se limita com suas emoções, principalmente a felicidade por não ser de um padrão visto normal pela maioria, e que isso não se torna um empecilho para conquistar as pessoas que a conhecem.


Palavras-chave


inclusão, literatura infantil, educação