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O FALAR TERAPÊUTICO SOBRE O SUICÍDIO
Lizeane Schmidt Scwalm, Neide Luis Cunha de Souza, Carla Villwock, Elisabete Maldaner

Última alteração: 06-02-2018

Resumo


Este trabalho tem a pretensão de investigar, através uma revisão bibliográfica, como se posicionam os psicólogos ao se depararem com a crescente demanda de pacientes com ideação e/ou tentativa de suicídio. O suicídio é definido como dar fim à própria vida voluntariamente. É uma das maiores causas de morte no mundo e é um fenômeno de grande complexidade que desafia desde as ciências como a Sociologia, Psicologia, Direito, Psiquiatria, até as religiões, passando pela bioética e não deixando de lado o senso comum. A Organização Mundial de Saúde (2016) vê o comportamento suicida como um sério problema de saúde pública em âmbito mundial, e alerta que a cada 40 segundos ocorre uma morte. O suicídio, na maioria dos países, encontra-se entre as dez principais causas de morte. Esses índices vêm aumentando globalmente, com um crescimento expressivo entre os jovens. A prevenção é uma tarefa difícil, de suma importância, e a qualificação dos profissionais e equipes de saúde é fundamental para que ela se realize. A associação do suicídio com as doenças mentais imprime a necessidade do diagnóstico precoce e do tratamento como prevenção, bem como a escuta. Pois convidar o sujeito a falar da morte, é convocá-lo a falar da vida, e a partir daí, que ele possa encontrar outras formas de expressar seu sofrimento, que não no ato suicida, dando um novo sentido à vida, uma vida onde exista lugar para o sonho. O objetivo terapêutico na escuta é tentar preencher a lacuna criada pela desconfiança, pelo desespero, pela desesperança. Falar sobre o tema suicídio, estar aberto para a escuta no setting terapêutico, disponível para ouvir o paciente com potencial suicida não garante que vá salvar vidas, mas com certeza a disponibilidade afetiva, o sentir-se cuidado, pode oferecer a sensação de alívio para a solidão existencial e trazer conforto para o desespero que este carrega consigo. Necessário também é incluir a rede de apoio familiar na compreensão do sofrimento pelo qual a pessoa esta passando,e para melhor poder ajudá-la. E quanto maior o conhecimento acerca dos riscos de suicídio e temas envolvidos neste contexto, maiores as chances de prevenção.

 


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