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“Horta Comunitária - Um espaço de redução de danos associado a vida saudável”
Jucilena Zeonara Zeonara Feldmann Dias, Rosângela Larsen, Luiz Felipe Bastos Duarte

Última alteração: 30-11-2018

Resumo


A Horta Comunitária foi implantada na Unidade Básica de Saúde (UBS) da Vila Iolanda-Guaíba, fazendo parte do Estágio pelo Serviço de Prevenção e Promoção em Psicologia Social Insitucional e Comunitária. pelo SEPCOM, partir do segundo semestre de 2017 pela estagiária Rosângela, e no corrente ano, dando continuidade a este trabalho, a estagiária Jucilena. Ao manusear uma horta comunitária pode-se refletir sobre os reais benefícios vinculados ao sujeito. Fica a certeza de que inserir esta pessoa de forma integral e singular, pode ser aproveitada todas as suas habilidades e possibilidades de que ele tem a oferecer, a si e aos outros participantes do grupo. Segundo Junior (2009), a Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na integralidade e na inserção sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. Segundo esse mesmo autor, este sujeito está sendo visto de forma integral, prevenindo e tratando as doenças mentais, e ao mesmo tempo reduzindo danos, sofrimentos aos quais são acometidos diariamente em suas vidas. Esta atividade da Horta Comunitária na Unidade Básica de Saúde, tem como objetivo estimular a troca de saberes entre os usuários, proporcionar um espaço de escuta coletiva, fazer com que estas pessoas se sintam valorizadas perante a vida, assim como de serem estimuladas a hábitos saudáveis de alimentação. Segundo Di Nardo e Cataneo (2010), os principais objetivos de ter uma horta comunitária são: promoção da saúde da população como um todo, através de ações educativas; criação de vínculos afetivos e solidários entre o grupo envolvido e a Comunidade; elevação da autoestima, resgatando deste modo a alegria de se viver e se sentir incluído na Sociedade com um todo. Como Metodologia, adotou-se que os usuários participantes do Grupo de Saúde Mental se reunissem semanalmente as quintas-feiras a tarde para capinar, plantar e regar. No final desta atividade o grupo realizava uma reunião para a troca de idéias, para exporem suas dificuldades, suas realizações e sentimentos em relação a atividade na horta. Além do momento de intervenção proporcionado pela horta, podemos destacar a importância de estarmos educando e socializando estes usuários. No momento em que estamos repassando este conhecimento, automaticamente estamos expandindo ao restante da sua família, porque além de aprender a técnica de plantar, de conhecer os vários tipos de hortaliças, a perpetuação de uma alimentação saudável está sendo disseminada. Conforme Camargo et al. (2015), o desenvolvimento de atividades manuais relacionadas ao cultivo de plantas tem sido utilizado como ação complementar no tratamento e melhoria de qualidade de vida de idosos e pacientes portadores de algum tipo de sofrimento mental.  Concluímos que, pode-se perceber um crescimento cognitivo e colaborativo, projetando-se uma melhora na saúde mental dos participantes do grupo. E que, mexer na terra, comprovadamente pode ser utilizado como terapia, socialização, integração e interação em saúde mental, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos familiares dos participantes do Grupo, e consequentemente à Comunidade em que estão inseridos.

Palavras-chave


Atenção Básica de Saúde(UBS); Saúde Mental; Horta Comunitária

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