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MITOS E MITOLOGIA SOBRE O CORPO
Lucas Alves Rosenau, Gerson Peralta, Luciana Boeira, Luis Afonso Baun, Luis Felipe Gomes, Pablo Barros

Última alteração: 23-08-2016

Resumo


No estudo da corporeidade é compreendido que corpo físico e corpo psíquico propõem um único corpo e na percepção desta dualidade ora subjetivo complexo, ora mecanizado e esquematizado biologicamente. Justifica diferentes áreas do conhecimento  demonstrarem o Corpo e a acrescente troca com o ambiente, a sociedade e com a cultura num contexto globalizado. Baseados nestes aspectos a corporificação e a relação desta organização corpo/alma com as experiências vividas/sentidas é constatado que a estrutura corporal de um ser é determinante no modo mítico de pensar e oferece ao individuo uma identidade. Os mitos tem uma função pratica, permitem que as pessoas organizem a experiência do próprio corpo. Os mitos dramatizam a experiência da nossa corporificação e identificam a voz que esta falando mais alto em determinado momentos. KELEMAN (2001).Baseados em revisão literária é constatado que os mitos que envolvem a corporeidade requerem além do conhecimento como também o conceito de mito e mitologia no transcorrer da história. A literatura conceitua o mito em uma narrativa, um discurso, uma fala relacionada a uma cultura ou religião que pode ter um caráter explicativo ou ser simplesmente de natureza simbólica. Os mitos são histórias baseadas em crenças, tradições, fábulas e lendas que possuem um caráter incontestável e inquestionável e que são transmitidos oralmente de geração em geração. Para CAMPBELL (1999) somos criaturas corporificadas, poderíamos dizer que o nosso corpo é o nosso destino. Pode se revoltar contra seu destino ou tentar compreendê-lo e viver de forma significativa. E, pode, inclusive, influir sobre ele. A mitologia é propensamente a soma de todos os mitos relacionados a uma história uma situação ou a um ser, a exemplo, mitologia Grega que demonstra criação do mundo através da relação entre Gaia e Urano, onde o corpo dela é visto como sendo um instrumento, um objeto, fonte de uma inesgotável sensação de prazer. Dessa maneira, Urano consome esse corpo exacerbadamente, buscando a satisfação de seu desejo. A busca por determinado corpo vem se revelar como imposição na busca pela felicidade imaginada. Atualmente pode-se dizer que a busca pela beleza e o prazer passou a ser um fator imprescindível, o corpo como objeto de prazer é extremamente valorizado em nossa sociedade, sendo enaltecido pelos meios de comunicação de massa. Os padrões de uma sociedade exige sermos aquilo que ela necessita. KELEMAN (2001) afirma que em nossa sociedade, por exemplo, aprendemos a ser independente, racional, lógico e controlado. Para JUNQUEIRA (2007), o nosso corpo é o cosmos, e nosso lugar mitológico no cosmos transforma-se inevitavelmente em metáforas anatômicas, que tomamos como fatos da vida. A partir destas ideias podemos inferir que a concepção do corpo é vista através de paradigmas culturais que influenciam a nossa vida e determinam nossas ações e atitudes diante das regras, dos costumes, dos conceitos, das convenções, valores e das dicotomias que fazem parte de nossa realidade.


Palavras-chave


Corporeidade; mitos; corpo.

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