Portal de Eventos da ULBRA., XVII Seminário de Pesquisa

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Os Desafios da Inclusão dos Alunos com Deficiência na Escola Segundo Olhar dos Professores
Marcos Alves, Jessica Alves

Última alteração: 02-11-2014

Resumo



A pesquisa “Os Desafios da Inclusão dos Alunos com Deficiência na Escola Segundo Olhar dos Professores” aborda o tema da inclusão no ambiente escolar, através da ótica dos docentes que já atuaram com alunos deficientes visando avaliar os desafios encontrados, as políticas implantadas, as tecnologias utilizadas em suas vivencias no dia-a-dia. Foram realizadas 3 entrevistas com professores de uma escola do Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos através de análise de conteúdo demonstraram dúvidas, incertezas, confusões existentes no processo de inclusão, principalmente no âmbito de problemas e transtornos comportamentais, bem como, ações e atitudes que resultaram em benefício para as partes envolvidas. Os relatos demonstraram grande envolvimento afetivo dos professores com alunos com deficiência, eventualmente, em detrimento da questão ensino-aprendizagem. Caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo principal é avaliar os desafios da inclusão dos alunos com deficiência na escola segundo a opinião dos professores. Este objetivo geral indica outros objetivos específicos como: analisar as dificuldades para incluir alunos com deficiência nas escolas segundo a opinião dos professores; identificar quais deficiências são mais difíceis de inserir no ambiente escolar; Faz-se necessário um novo olhar sobre antigas práticas, comportamentos e pensamentos. Para que haja novas formas de atuar é necessário que se tenha novas formas de pensar. A política inclusiva, assim, não está voltada para os “defeitos” da criança, dentro de um sistema já cristalizado por grande parte da população. As dificuldades de aprendizado assim como de convivência social recaem sobre o individuo, eximindo a sociedade de sua parte na responsabilidade por uma construção social de rótulos que torna inviável a efetividade de uma política verdadeiramente inclusiva (CARVALHO ET AL, 2010). Todas as entrevistadas colocaram suas vivências com alunos deficientes como uma experiência gratificante, com altas expectativas e geradora de ansiedade. Os aspectos emocionais envolvidos são relatados e vivenciados mesmo quando passado muito tempo depois da relação professor-aluno ter acabado, percebendo-se vínculo com as famílias e histórias que abrangem o contexto mais amplo em que o aluno está inserido, não apenas ministrar conteúdo de forma pedagógica ou didática, ou seja, uma relação que vai além da técnica. As dificuldades que foram encontradas são as mesmas retratadas na literatura como falta de treinamento e recursos, despreparo para o trato com as especificidades de cada deficiência, número elevado de alunos em cada sala, preconceito social constituído como voz de uma parte da sociedade que categoriza para dividir e não para integrar as diferenças existentes, e dificuldades pessoais de alguns professores. A inclusão somente pode ser compreendida como política, ruptura com os modelos constituídos e tradicionais e uma exigência para a transformação do âmbito escolar (WERNECK, 1997).

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